Ex-governador do Rio vira rĂ©u em processo de corrupĂ§Ă£o e fraude

A cassaĂ§Ă£o do mandato de Wilson Witzel foi confirmada por um tribunal especial misto (formado por deputado estaduais do Rio e desembargadores) em 30 de abril deste ano

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Publicado em: 16/06/2021 Ă s 18:13 | Atualizado em: 16/06/2021 Ă s 18:17

O Tribunal Regional Federal da 2ª RegiĂ£o (TRF-2) aceitou denĂºncia e tornou rĂ©us o ex-governador Wilson Witzel, a mulher dele, Helena Witzel, o pastor Everaldo Dias Pereira, o ex-secretĂ¡rio da SaĂºde Edmar Santos, e o ex-secretĂ¡rio de Desenvolvimento EconĂ´mico Lucas TristĂ£o.

Eles sĂ£o acusados de crimes de corrupĂ§Ă£o ativa e passiva, fraude em licitações, peculato e lavagem de dinheiro dos crimes.

A denĂºncia foi oferecida pelo MPF (MinistĂ©rio PĂºblico Federal). A decisĂ£o Ă© da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

Segundo o MPF, a organizaĂ§Ă£o criminosa se utilizou de rede complexa de empresas constituĂ­das por pessoas prĂ³ximas ao entĂ£o governador, que teriam realizado pagamentos sistemĂ¡ticos de propina a diversos agentes, com intuito de fechar ou manter seus contratos com o governo do estado.

Ao todo, o MPF denunciou 11 pessoas envolvidas no suposto esquema. A aĂ§Ă£o Ă© um desdobramento da OperaĂ§Ă£o Favorito.

A organizaĂ§Ă£o criminosa, conforme a denĂºncia, seria dividida em quatro nĂºcleos: econĂ´mico, administrativo, financeiro operacional e polĂ­tico. Os promotores dizem que Witzel e o presidente do PSC, o pastor Everaldo, ocupavam a vĂ©rtice da pirĂ¢mide, no nĂºcleo polĂ­tico.

UOL procurou a defesa do ex-governador do Rio Wilson Witzel, e aguarda posicionamento.

Mais cedo, Witzel decidiu se retirar da CPI da covid apĂ³s ser questionado sobre um possĂ­vel superfaturamento na compra de respiradores para o estado durante a pandemia do novo coronavĂ­rus.

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Witzel se utilizou do habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe permite ficar em silĂªncio diante dos senadores.

Em sua decisĂ£o, o ministro Kassio Nunes Marques ressaltou que o ex-governador jĂ¡ Ă© investigado em aĂ§Ă£o por corrupĂ§Ă£o e lavagem de dinheiro no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

A cassaĂ§Ă£o do mandato de Witzel foi confirmada por um tribunal especial misto (formado por deputado estaduais do Rio e desembargadores) em 30 de abril deste ano. Ele foi condenado, por unanimidade, pelo crime de responsabilidade apĂ³s denĂºncias de corrupĂ§Ă£o durante a pandemia. Witzel nega ter cometido irregularidades.

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Foto: DivulgaĂ§Ă£o