Hemorio estuda tratamento precoce de covid com plasma de vacinados

O Hemorio informa ser essa a primeira pesquisa multicêntrica do país a utilizar o plasma doado por pessoas com o esquema vacinal completo, para tratamento precoce

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Publicado em: 24/05/2021 às 18:52 | Atualizado em: 24/05/2021 às 18:52

O Instituto de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio), vinculado à Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), inicia nesta semana a coleta de plasma (parte líquida do sangue) de doadores que tenham recebido as duas doses de vacina contra a covid (coronavírus), há pelo menos 14 dias. 

O plasma coletado será usado em estudo inédito denominado Immuneshar, que vai testar uma nova opção de tratamento contra o coronavírus. O material será aplicado em pacientes maiores de 40 anos com covid e que estejam na fase inicial da doença, disse hoje (24) à Agência Brasil o diretor do Hemorio, Luiz Amorim. 

O estudo será feito em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), SES-RJ, Hospital Virvi Ramos (RS), Secretaria Municipal de Saúde de Caxias do Sul e Universidade Feevale (RS). 

Essa é a primeira pesquisa multicêntrica do país a utilizar o plasma doado por pessoas com o esquema vacinal completo, para tratar pacientes no estágio inicial da doença.

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O projeto tem financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

Esperança 

De acordo com o Hemorio, a técnica de usar o plasma convalescente, também chamado plasma hiperimune, foi adotada durante a pandemia da gripe espanhola, em 1918 e, segundo os pesquisadores, pode ser uma esperança para o tratamento do coronavírus, principalmente nos casos leves e moderados.

Eles acreditam que como a vacina produz um tipo específico de anticorpo, em tese mais eficiente no combate ao vírus, o tratamento com o plasma pode reduzir as taxas de internação dos pacientes.

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Foto: Itamar Crispim/Fiocruz