Justiça bloqueia bens de governador por compra suspeita na pandemia

A Justiça do ParĂ¡ levou em consideraĂ§Ă£o uma sĂ©rie de irregularidades a começar por pagamento de R$ 35 milhões adiantados a uma empresa fantasma

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Publicado em: 15/04/2021 Ă s 15:30 | Atualizado em: 15/04/2021 Ă s 15:30

A Justiça do ParĂ¡ determinou o bloqueio de bens do governador do estado do ParĂ¡, Helder Barbalho (MDB).

A ordem se dĂ¡ em aĂ§Ă£o que investiga improbidade administrativa em compra de bombas de infusĂ£o no combate Ă  pandemia do coronavĂ­rus (covid-19).

A transaĂ§Ă£o foi feita recheada de irregularidades, conforme as investigações e denĂºncia do MinistĂ©rio PĂºblico estadual.

A decisĂ£o foi assinada na segunda-feira, 12, pela Marisa Belini de Oliveira, juĂ­za de Direito da 3ª Vara da Fazenda de BelĂ©m.

A magistrada respondeu ao MinistĂ©rio PĂºblico Estadual que denunciou o caso por meio do ex-procurador-geral de Justiça Gilberto Martins em aĂ§Ă£o civil pĂºblica.  

TambĂ©m sĂ£o rĂ©us na aĂ§Ă£o o ex-secretĂ¡rio de SaĂºde Alberto Beltrame e o ex-chefe da Casa Civil Parsifal Pontes.

AlĂ©m deles, hĂ¡, ainda, o ex-secretĂ¡rio adjunto de gestĂ£o administrativa da Secretaria de Estado de SaĂºde PĂºblica (Sespa), Peter Cassol. E, por fim, a empresa SKN do Brasil, que vendeu os equipamentos inadequados ao estado. 

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Entre os pedidos do MP, a Justiça recusou o afastamento do chefe do executivo do cargo e a quebra do sigilo fiscal e bancĂ¡rio dos investigados.

De acordo com a determinaĂ§Ă£o da juĂ­za, a indisponibilidade de bens dos rĂ©us deve ser no valor de até R$ 2.186.613,50.

AcusaĂ§Ă£o

Conforme a acusaĂ§Ă£o, o governador editou um decreto para fazer o pagamento antecipado à SKN.

Nessa operaĂ§Ă£o nĂ£o houve nenhuma garantia de recebimento do produto e tambĂ©m sem consultar a autorizaĂ§Ă£o legal para funcionamento da empresa. Pelas investigações, ficou comprovado que a referida empresa nĂ£o existia.

JĂ¡ o ex-secretĂ¡rio adjunto, Peter Cassol, ordenou o pagamento de mais de R$ 35 milhões antes mesmo de fazer uma pesquisa de preço.

No documento tambĂ©m consta que a empresa SKN nĂ£o tinha nenhum documento de certidões de regularidade ou autorizaĂ§Ă£o tĂ©cnica para exercer suas atividades.  

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Foto: Bruno Cecim/AgĂªncia ParĂ¡