Balança comercial explode, emprego aumenta e inflação cai

Publicado em: 20/06/2017 às 17:17 | Atualizado em: 20/06/2017 às 17:17

A balança comercial brasileira registrou um novo superávit recorde mensal em maio: US$ 7,6 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões).

Segundo o Índice de Comércio Exterior da Fundação Getulio Vargas (FGV), no acumulado do ano, também foi anotado um recorde: US$ 29 bilhões (aproximadamente R$ 95 bilhões).

Em termos de valor, as exportações cresceram 13% em maio na comparação com maio de 2016. Os principais produtos exportados foram soja, minério de ferro e petróleo, mostrando a importância das commodities (matérias-primas cujos preços são determinados pela oferta e demanda mundial) para a balança comercial.

 

 Automóveis

Entre as manufaturas, o principal destaque da exportação ficou com os automóveis, cujas vendas cresceram 60% de maio de 2016 para maio deste ano, e agora representam 3,1% do total exportado pelo país.

Segundo a FGV, o bom desempenho das exportações brasileiras pode ser explicado tanto pelo aumento nos preços de cada produto (13%) quanto pelo volume, ou seja, pela quantidade de itens exportados (9%).

 

Emprego

Em maio, o mercado brasileiro abriu 34.253 novos postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (20) pelo Ministério do Trabalho.

É o segundo mês consecutivo, e a terceira vez no ano, em que o país registra mais vagas abertas do que fechadas. Em abril, o país já havia criado 59.856 mil vagas de emprego formal.

No acumulado do ano, o Caged contabiliza 48.543 postos de trabalho a mais, após dois anos de saldo negativo para o período.

De janeiro a maio de 2016, o Caged havia registrado fechamento de 448.011 vagas e, no mesmo período de 2015, 243.948 vagas foram suprimidas.

“Podemos constatar que a economia volta a dar sinais de recuperação, e um dos sintomas fundamentais para comprovação da recuperação econômica é a geração de emprego”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ao comentar o resultado.

Os setores que contribuíram com a criação de vagas formais em maio foram agropecuária (46.049 novos postos), serviços (1.989 vagas), indústria da transformação (1.433 vagas) e administração pública (955 novos postos de trabalho).

Os setores que fecharam vagas formais foram comércio (-11.254 postos), construção civil (-4.021), indústria extrativa mineral (-510 postos de trabalho).

 

Regiões

A região que mais criou vagas formais em maio foi o Sudeste, com 38.691 postos. Nessa parte do país, destacaram-se Minas Gerais, com saldo positivo de 22.931 postos, e São Paulo, que criou 17.226 novas vagas.

Em segundo lugar, com maior crescimento de vagas entre as regiões, ficou o Centro-Oeste, com 6.809 novos postos formais, seguido do Nordeste, com 372 novas vagas.

Nas regiões Sul e Norte houve retração das vagas de trabalho, com fechamento respectivo de 10.595 e 1.024 postos.

 

Inflação

 O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) recuou nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) entre a primeira e a segunda semanas de junho. A maior queda ocorreu em Recife: -0,44 ponto percentual, indo de 1,01% na primeira semana para 0,57% na segunda semana.

Três capitais tiveram deflação (queda de preços) depois de recuo na segunda semana de junho: Belo Horizonte (-0,34 ponto percentual, ao passar de 0,04% para -0,30%), Rio de Janeiro (-0,26 ponto percentual, indo de 0,20% para -0,06%) e Brasília (-0,11 ponto percentual, caindo de 0,08% para -0,03%).

Outras três capitais continuaram tendo inflação, apesar dos recuos na segunda semana: São Paulo, Salvador e Porto Alegre.

Fonte: Agência Brasil

 

Foto: EBC