Braga entre os poucos que seguem exemplo de Chico Rodrigues no Senado

Braga jĂ¡ teve o milionĂ¡rio empresĂ¡rio LĂ­rio Parisotto como suplente. Em oito anos de mandato, o senador nĂ£o deu nenhuma chance ao seu reserva. Quem teve chance foi sua mulher, Sandra Braga

Publicado em: 29/10/2020 Ă s 10:34 | Atualizado em: 29/10/2020 Ă s 18:58

SĂ£o apenas cinco entre 81 senadores que tĂªm familiares como suplentes, a exemplo do que acontece com Chico Rodrigues (DEM-RR), o que enfiou mais de R$ 30 mil na cueca. Entre eles, o senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas.

O posto de reserva ganhou notoriedade depois que Rodrigues pediu licença apĂ³s ser flagrado em atitude vexatĂ³ria. AlĂ©m de nĂ£o ser preso ou levado Ă  ComissĂ£o de Ética, ainda ganhou licença e deixou o mandato em casa, nas mĂ£os do filho.

Conforme diz a lei, o suplente Ă© beneficiado com todos os direitos do titular. Ou seja, salĂ¡rio, ajuda de custo, estrutura de gabinete com servidores, carro oficial, plano de saĂºde, casa, auxĂ­lio-moradia e tudo mais.

Dessa maneira, tudo permitido pela lei, isso tambĂ©m pode acontecer com Braga e outros. Como, por exemplo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Se tiver de se afastar do mandato, quem assume Ă© seu irmĂ£o.

Quando o suplente nĂ£o Ă© membro da prĂ³pria famĂ­lia, parlamentares geralmente escolhem familiares de polĂ­ticos aliados. Ou, em certos casos, afortunados que geralmente funcionam como patrocinadores de campanha.

Braga jĂ¡ teve o milionĂ¡rio empresĂ¡rio LĂ­rio Parisotto como suplente. Em oito anos de mandato, o senador nĂ£o deu nenhuma chance ao seu reserva.

Quem teve chance foi sua mulher, Sandra Braga. Ela, portanto, assumiu o posto no Senado em 2015 quando o titular foi chamado a ser ministro do governo de Dilma Rousseff (PT).

No atual mandato, da eleiĂ§Ă£o de 2018, Sandra volta a ser a primeira suplente de Braga. Assim sendo, ela assume no caso de qualquer impedimento do marido por mais de 120 dias.

Além disso, o cargo fica com o suplente se o titular falecer, renunciar, perder o mandato ou se for preso por sentença da Justiça, por exemplo.

 

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PrĂ¡tica contestada

Sobre o senador de Roraima, a Polícia Federal, conforme informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele tinha ainda duas servidoras no gabinete que também eram contratadas em empresa do filho suplente.

Em sĂ­ntese, ter um parente como suplente nĂ£o Ă© ilegal. PorĂ©m, jĂ¡ hĂ¡ movimentaĂ§Ă£o no Senado para acabar com essa prĂ¡tica.

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Foto: BNC Amazonas