Raphael assassinou miss após olhar WhatsApp e deu banho no corpo da vítima

Réu confesso conta detalhes do assassinato de Kimberly Mota, a Miss Manicoré

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Publicado em: 17/05/2020 às 19:07 | Atualizado em: 18/05/2020 às 08:47

O analista judiciário Raphael Fernandes Rodrigues, 31 anos, confessou à polícia que assassinou a Miss Manicoré, Kimberly Mota, 22 anos, depois de olhar mensagens de WhatsApp no celular da vítima.

Depois de esfaqueá-la três vezes, ele chegou a dar banho no corpo de Kimberly para tentar tirá-la do apartamento e escondê-la.

Os detalhes constam no depoimento prestado neste sábado, dia 16, na Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), da Polícia Civil do Amazonas.

 

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Foragido de Manaus desde o último dia 11 de maio, quando o crime ocorreu, Fernandes foi localizado na sexta-feira, dia 15, em Pacaraima, a 214 quilômetros de Boa Vista, a capital de Roraima, enquanto tentava fugir para a Venezuela.

Ele chegou ontem à Manaus.

 

Réu confesso

“Ele é réu confesso. Ele diz que viu algumas mensagens no telefone dela, essas mensagens o aborreceram, então, ele foi na cozinha e buscou uma faca, deitou ao lado dela na cama com o objeto escondido e, na distração dela, ele deu a primeira facada no pescoço dela. Depois desferiu mais uma facada no mesmo local e a terceira, no tórax”, explicou Paulo Martins, titular da DEHS.

Segundo o rapaz, o crime foi por volta das 00h30 de segunda-feira (11).

“Após matá-la, Rafael levou o corpo de Kimberly até o banheiro, deu banho na vítima para tentar retirar o sangue. Tentou vestir outra roupa na jovem, na intenção de esconder o corpo da vítima. Como não conseguiu, ele então trocou de roupa e foi embora no seu carro”, contou o delegado.

 

Ligou para o pai 

De acordo com Paulo Martins, Raphael relatou que, após cometer o crime, chegou a ligar para o pai admitindo o assassinato.
Ele teria sido aconselhado a se entregar, mas preferiu manter os planos de fugir do país.

 

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O analista saiu de carro, de Manaus, pela BR 174. No caminho, jogou o telefone da vítima em uma área de mata.

Raphael ainda tentou entrar no país vizinho, mas não conseguiu por conta das restrições em virtude da pandemia.

“Ele pediu refúgio a venezuelanos que moram na fronteira e passou esses dias escondidos lá. Na volta dele da fronteira, ele foi reconhecido e a polícia fez a prisão”, informou.

Paulo Martins agradeceu aos policiais civis e militares de Roraima, Inteligência e Dicap, e Polícia Rodoviária Federal (PRF), que formaram uma força tarefa para prender o suspeito.

Raphael foi autuado por homicídio qualificado.