PF deflagra operação que investiga crimes na construção do aeroporto de Manaus
São investigados um delegado de Polícia Federal, dois dos seus familiares, dois empresários e a ex-sócia de uma das empresas envolvidas

Publicado em: 15/05/2020 às 08:44 | Atualizado em: 15/05/2020 às 09:07
A Polícia Federal (PF) no Amazonas, deflagrou na manhã desta sexta-feira, dia 15, a Operação Seronato que investiga possíveis práticas de crimes na execução do projeto de paisagismo do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes.
Foram cumpridos, em Manaus, 6 (seis) mandados de busca e apreensão, todos, expedidos pelo Juiz da 2ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária do Estado do Amazonas.
São investigados um delegado de Polícia Federal, atualmente licenciado, e dois dos seus familiares, além de dois empresários e da ex-sócia de uma das empresas envolvidas.
A suspeita é de prática de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
A operação inaugura a fase ostensiva de dois Inquéritos Policiais instaurados em janeiro e maio de 2019.
Provas
As provas da materialidade delitiva e indícios de autoria colhidos ao longo do primeiro Inquérito Policial indicam que o policial federal teria se prevalecido do cargo ao fazer mau uso das informações obtidas durante a investigação que culminou com a Operação Udyat, deflagrada no ano de 2012, para viabilizar, de forma indevida, o agenciamento da venda de uma empresa pertencente a sua mãe pelo valor de R$500.000,00 (quinhentos mil reais).
R$ 1,2 milhão
Por meio da segunda investigação criminal a Polícia Federal pretende esclarecer sobre as possíveis ocorrências de crimes de falsidade, favorecimento em razão do cargo e lavagem de dinheiro, em relação a fatos que envolvem a subcontratação, realizada por um consórcio de empresas que atuou na construção do Aeroporto Internacional de Manaus/AM, para que a empresa registrada em nome da mãe do policial federal, executasse o paisagismo do aeroporto, pelo valor de R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais).
O nome da operação é uma alusão às suspeitas de que um dos investigados teria se prevalecido do cargo policial para cometer fatos que tinha por dever reprimir.