Espera de três dias de taxista por leito chega ao fim. Ele morreu
Manoel Chaves ainda não tinha previsão para ser transferido

Publicado em: 08/05/2020 às 07:00 | Atualizado em: 07/05/2020 às 22:52
O taxista Manoel Chaves, de 63 anos, que foi infectado por coronavírus, morreu nesta quarta, dia 6, no Hospital de Emergência (HE) de Macapá.
Manoel aguardava transferência para um leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) há três dias.
Dessa forma, o taxista apareceu em fotos tiradas pelo filho, José Chaves, ao lado de corpos de pacientes que morreram com o vírus.
Conforme o secretário de Saúde do Amapá, João Bittencourt, a demora na retirada dos corpos ocorre devido protocolo.
De acordo com José, até o momento da morte do pai, não havia previsão da transferência para um dos centros de tratamento de coronavírus.
Ele reforçou que os profissionais de saúde do HE disseram não haver disponibilidade de leitos.
“Não conseguiram leito com respirador para o meu pai e ele morreu justamente por isso. Se tivessem transferido ele para um leito de UTI, talvez hoje a gente não estivesse chorando a morte dele”, lamentou.
Até esta quarta, o portal alimentado pelo governo apontava disponibilidade de leitos.
A taxa de ocupação dos leitos clínicos era de quase 96% e dos de UTI, passava os 70%, segundo os dados da página.
Leia no G1.
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Foto: Divulgação/Governo do Amapá