Mídias corrigem fake new da menina que teria dito não a Bolsonaro

Publicado em: 22/04/2019 às 20:18 | Atualizado em: 22/04/2019 às 20:18

Os veículos de comunicação, que publicaram o vídeo em que uma menina cruza os braços e balança a cabeça negativamente para o presidente Jair Bolsonaro, corrigiram o contexto equivocado, viralizado desde a quarta-feira (17). As informações e checagem da fake new são da Agência Lupa.

Segundo a agência, o vídeo continua circulando nas redes sociais. Bolsonaro e a mulher dele, Michelle, estiveram diante de alunos do Distrito Federal em um evento de celebração de Páscoa no Palácio do Planalto.

A legenda que acompanha a gravação “informa” que uma das crianças presentes teria se recusado a cumprimentar o presidente.

Por meio do projeto de verificação de notícias, usuários do Facebook solicitaram que esse material fosse analisado. Confira a seguir o trabalho de verificação da Lupa:

O vídeo analisado pela Lupa não foi manipulado, mas a legenda que o acompanha é falsa.

O vídeo original, publicado pelo próprio presidente em suas redes sociais, é coberto pelo som do Hino Nacional e não é possível ouvir o que Bolsonaro conversa com as crianças.

Aos 28 segundos, uma menina cruza os braços e faz sinal de não com a cabeça ao ser interpelada por ele.

A cena viralizou nas redes como se fosse uma recusa da aluna em falar com o presidente.

 

O jornal O Estado de S.Paulo chegou a publicar uma notícia interpretando a negativa da menina desta forma e, em seguida, publicou correção.

A revista Exame também seguiu o mesmo caminho e publicou uma errata. O mesmo foi feito pelo UOL e pelo Metrópoles, entre outros meios de comunicação.

Em uma outra gravação do evento, compartilhada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) via Twitter, é possível ouvir que o presidente pergunta “quem aí é Palmeiras?” e, em seguida, a menina balança a cabeça em negação.

Cabe também ressaltar que, nos segundos que antecedem a cena controversa, a menina está visivelmente contente com a presença do presidente e da primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Checagem semelhante foi feita pelos sites Boatos.org e e-farsas.

 

Foto: Alan Santos/PR