Centro de MĂdias vai ter nova licitaĂ§Ă£o, acordam Seduc e MPF

Publicado em: 15/04/2019 Ă s 15:27 | Atualizado em: 15/04/2019 Ă s 15:27
A Secretaria de EducaĂ§Ă£o (Seduc), do Governo do Amazonas, se comprometeu a realizar novo procedimento de licitaĂ§Ă£o para os equipamentos de telecomunicações de transmissĂ£o das aulas para o interior do estado via Centro de MĂdias de EducaĂ§Ă£o (Cemeam).
O compromisso foi firmado pelo titular da pasta, secretĂ¡rio Luiz Castro (Rede), perante o MinistĂ©rio PĂºblico Federal (MPF), em termo de ajustamento de conduta.
Pelo acordo, a Seduc deve fazer estudos preliminares para a definiĂ§Ă£o do projeto bĂ¡sico e do edital da futura licitaĂ§Ă£o para serviços a partir de 2020. Depois de prontos, estudo e edital devem ser apreciados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) antes da divulgaĂ§Ă£o do procedimento licitatĂ³rio.
Enquanto isso, o governo estĂ¡ autorizado a renovar o contrato atual atĂ© o fim deste ano para que nĂ£o haja prejuĂzo aos estudantes.
As empresas DMP e Via Direta sĂ£o as atuais contratadas pela Seduc para os serviços, no valor global de R$ 65,5 milhões, incluindo quatro aditivos.
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O programa de ensino presencial com mediaĂ§Ă£o tecnolĂ³gica Ă© desenvolvido pela Seduc hĂ¡ mais de dez anos, por meio do Centro de MĂdias, no qual a interaĂ§Ă£o entre professores e alunos de comunidades do interior do Amazonas Ă© feita virtualmente, considerando as caracterĂsticas geogrĂ¡ficas do estado.
AĂ§Ă£o contra gestores pĂºblicos
Em janeiro deste ano, o MPF recomendou Ă Seduc que realizasse uma nova licitaĂ§Ă£o para contrataĂ§Ă£o de empresa para prestar o serviço.
Laudos tĂ©cnicos do TCE-AM identificaram graves irregularidades no projeto bĂ¡sico e no edital do procedimento licitatĂ³rio, como a ausĂªncia de estudos preliminares que fundamentassem as clĂ¡usulas do edital, o que levou Ă restriĂ§Ă£o de competitividade.
Em razĂ£o das irregularidades, o MPF apresentou Ă Justiça Federal aĂ§Ă£o de improbidade administrativa contra o ex-secretĂ¡rio-adjunto de GestĂ£o da Seduc JosĂ© Augusto de Melo Neto, o ex-presidente da ComissĂ£o-Geral de LicitaĂ§Ă£o (CGL) EpitĂ¡cio de Alencar e Silva Neto e o pregoeiro da CGL, Aloysio Nobre de Freitas Filho.
O custeio do contrato, conforme apontado pelo MPF na aĂ§Ă£o de improbidade, foi feito com verbas de complementaĂ§Ă£o do Fundeb (fundo da educaĂ§Ă£o bĂ¡sica).
Segundo o MPF, o ex-secretĂ¡rio adjunto da Seduc foi o responsĂ¡vel pela elaboraĂ§Ă£o do projeto bĂ¡sico para a licitaĂ§Ă£o sem que tivessem sido realizados estudos preliminares.
A ausĂªncia dos estudos mencionados levou Ă inclusĂ£o, no projeto bĂ¡sico, de exigĂªncias que restringiram a competitividade do certame e elevaram o custo do contrato, sem que houvesse a fundamentaĂ§Ă£o necessĂ¡ria para as clĂ¡usulas.
A aĂ§Ă£o de improbidade administrativa tramita na 1ª Vara Federal no Amazonas sob o nº 1005880-61.2018.4.01.3200.
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