Para se aposentar, militares aceitam trabalhar mais e contribuir mais

Publicado em: 16/03/2019 às 19:49 | Atualizado em: 16/03/2019 às 19:49

A proposta de reforma da Previdência para os militares das Forças Armadas já está para análise do Ministério da Economia. Entregue pelo Ministério da Defesa, o texto prevê maior tempo de serviço, aumento da alíquota de contribuição, mas também propõe contrapartidas aos militares, como reajustes e uma reestruturação da carreira.

De acordo com portal G1, os técnicos da equipe econômica estão calculando o impacto financeiro da proposta do Ministério da Defesa e fazendo ajustes no texto.

O governo garante que o texto estará pronto para ser enviado ao Congresso até a próxima quarta-feira (20).

Em fevereiro, o governo entregou ao Congresso proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência, com mudanças nas regras para trabalhadores do setor privado e servidores públicos.

As regras para os militares ficaram de ser apresentadas pelo governo em texto separado.

 

Alíquota de contribuição

A proposta de reforma da previdência dos militares prevê um aumento escalonado na alíquota de contribuição.

Os atuais 7,5% subiriam um ponto percentual por ano a partir do ano que vem, chegando a 10,5% em 2022.

Essa contribuição também passa a ser paga a partir do ano que vem pelos pensionistas.

A lista de beneficiados do sistema de pensões fica mais restrita, só a maridos, mulheres, filhos e pais sem renda.

 

Tempo de serviço

Outra mudança é no tempo de serviço mínimo para entrar na reserva, que passa dos atuais 30 para 35 anos.

Pela proposta, esta regra só vai valer para quem entrar nas forças armadas com a lei já em vigor.

Quem já tem 30 anos ou mais de serviço vai se aposentar com as regras atuais.

Quem já está nas forças se aposenta também pelo modelo em vigor, mas com um pedágio de 17%.

Por exemplo: um militar com 10 anos de serviço, que pelas regras atuais precisaria trabalhar mais vinte anos, passaria a ter de trabalhar 23 anos, quatro meses e 24 dias.

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Foto: Divulgação/FAB