NĂ£o Ă© bem assim que as coisas funcionam, CapitĂ£o

Publicado em: 14/02/2019 Ă s 07:14 | Atualizado em: 14/02/2019 Ă s 07:14
A volta do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao comando do paĂs, ontem, reacendeu a possibilidade do governo nomear, o mais rĂ¡pido possĂvel, o coronel reformado do ExĂ©rcito Alfredo Menezes (PSL) para a SuperintendĂªncia da Zona Franca de Manaus (Suframa).
A ida dele para a autarquia que administra a polĂtica fiscal incentivada da UniĂ£o virou uma histĂ³ria sem fim, atĂ© hoje.
As movimentações dele para o Ă³rgĂ£o apareceram em novembro.
Em janeiro, dois meses depois, o nome foi confirmado pelo secretĂ¡rio de Competitividade do MinistĂ©rio da Economia, Carlos Alexandre da Costa.
Na semana passada, um novo capĂtulo da saga veio Ă tona, quando o ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, vedou todas as nomeações para as superintendĂªncias regionais atĂ© que o capitĂ£o saĂsse do hospital, o que aconteceu nessa quarta-feira, dia 13.
Mas a demora da nomeaĂ§Ă£o do superintendente da Suframa nĂ£o envolveu apenas o Planalto.
Houve forte pressĂ£o da Bancada Federal do Amazonas, que se sentiu atropelada pela forma como o nome de Menezes foi colocado no circuito, sem consulta a deputados e senadores e muito menos ao governo do estado.
Mais atropelada ainda ficou quando percebeu que as superintendĂªncias adjuntas, que compõem a cĂºpula da autarquia, tambĂ©m seriam preenchidas sem consulta ao bloco.
Agora, passada a euforia da chegada do novo governo e perdendo força com escĂ¢ndalos, Bolsonaro, que passou quase 30 anos na CĂ¢mara dos Deputados, percebeu que nĂ£o pode prescindir de apoio polĂtico no Congresso.
Isso significa dizer que o amigo e afilhado de casamento do presidente poderĂ¡ atĂ© assumir o cargo a qualquer momento, mas nĂ£o com o roteiro escrito por mĂ£o Ăºnica.
Aos poucos, o governo do capitĂ£o Bolsonaro vai apreendendo que as coisas nĂ£o sĂ£o bem assim como ele imaginava.
Foto: BNC AMAZONAS