Para deputado, governo repetiu ditadura ao mudar lei por decreto

Lei

Publicado em: 26/01/2019 Ă s 14:03 | Atualizado em: 26/01/2019 Ă s 14:03

O deputado estadual Dermilson Chagas (PP) usou sua pĂ¡gina no Facebook para criticar o decreto presidencial que alterou lei assinado pelo presidente em exercĂ­cio, general Hamilton MourĂ£o (PRTB), na Ăºltima quinta, dia 24.

Em sĂ­ntese, o decreto altera a Lei de Acesso Ă  InformaĂ§Ă£o para permitir que servidores comissionados e dirigentes de fundações, autarquias e empresas pĂºblicas imponham sigilo ultrassecreto a dados pĂºblicos.

Para Dermilson, foi uma medida típica do período da ditadura militar no país, que começou com o golpe em 1964 e se arrastou até 1985.

“[…] É um retrocesso. Os supostos interesses escondidos começam [a] aparecer, assim que esse decreto foi assinado […] Acabar com a transparĂªncia Ă© desrespeitar a democracia do paĂ­s […], disse o deputado.

Entende o parlamentar que o decreto sinaliza que o governo Jair Bolsonaro (PSL) vai seguir a linha de dificultar o acesso a informações pĂºblicas.

A mudança na Lei de Acesso Ă  InformaĂ§Ă£o vai dificultar que qualquer cidadĂ£o, sem apresentar justificativa, como Ă© hoje, obtenha dados sobre Ă³rgĂ£os, servidores e entidades pĂºblicos.

Na prĂ¡tica, significa que uma pessoa nomeada para dirigir um Ă³rgĂ£o como o Incra, Ibama e Anatel, por exemplo, pode decretar sigilo sobre decisões por atĂ© 25 anos.

 

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Foto: BNC Amazonas