Sem-terra tentam invadir fazenda de polĂticos e sĂ£o recebidos com tiros

Publicado em: 05/01/2019 Ă s 18:01 | Atualizado em: 05/01/2019 Ă s 18:01
Ao menos uma pessoa morreu e outras sete ficaram feridas no confronto entre seguranças e trabalhadores da Fazenda AgropecuĂ¡ria Bauru (Magali), neste sĂ¡bado (5), em Colniza, a 1.065 km de CuiabĂ¡.
A fazenda pertence ao ex-governador Silval Barbosa e fica a 40 km de Colniza. As informações sĂ£o do G1.
Barbosa afirmou em delaĂ§Ă£o premiada que comprou a fazenda em sociedade com o ex-deputado JosĂ© Geraldo Riva.
A reportagem tenta falar com o ex-governador. Riva lamentou o ocorrido e disse que os seguranças foram vĂtimas de uma emboscada. (Veja resposta ao final da matĂ©ria).
O tiroteio teria envolvido seguranças da fazenda e membros de movimento sem-terra que tentavam invadir a propriedade.
Os feridos foram socorridos e encaminhados para atendimento mĂ©dico na regiĂ£o (na foto, parentes e amigos de feridos estiveram na porta de hospital Ă espera de informações das vĂtimas).
A Delegacia de PolĂcia de Colniza pediu reforço Ă GerĂªncia de Operações Especiais, Ă PolĂcia Civil, Ă Secretaria de Segurança PĂºblica, ao Centro Integrado de Operações AĂ©reas (Ciopaer) e a peritos da PerĂcia Oficial e IdentificaĂ§Ă£o TĂ©cnica (Politec) de CuiabĂ¡ para a realizaĂ§Ă£o de necrĂ³psia e trabalhos no local do confronto.
A Fazenda Bauru, antiga Fazenda Magali, foi mencionada na delaĂ§Ă£o premiada do ex-governador do estado Silval Barbosa (ex-MDB, 2010-2014), que afirmou ter comprado a propriedade entre 2011 e 2012 em sociedade com Riva por um valor de R$ 18 milhões.
Riva ficou conhecido como o “maior ficha-suja do paĂs”, por responder a mais de cem processos.
O polĂtico foi condenado por desvios de recursos pĂºblicos da Assembleia Legislativa, de onde foi presidente.Â
O contraditĂ³rio
Em nota enviada à imprensa no começo da tarde, Riva lamentou o ocorrido e se declarou preocupado com a vida de todos os envolvidos.
Disse que todas as invasões foram devidamente comunicadas à Justiça de Mato Grosso.
Disse também que os invasores insistiram em desrespeitar as ordens judiciais, inclusive de afastamento dos limites da propriedade.
Afirmou que, em razĂ£o das inĂºmeras invasões, contratou uma empresa de segurança privada, devidamente registrada e previamente informada as autoridades, com a finalidade de proteger o local das inĂºmeras invasões.
Foto: ReproduĂ§Ă£o/DivulgaĂ§Ă£o/G1