Supremo mantém “quadrilhão do PT” investigado na primeira instância

Publicado em: 13/11/2018 às 19:26 | Atualizado em: 13/11/2018 às 19:26

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira (13), manter na Justiça Federal no Distrito Federal inquérito que apura uma suposta organização criminosa envolvendo integrantes da cúpula do Partido dos Trabalhadores, entre eles os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (na foto com outros investigados).

O caso é conhecido como “quadrilhão do PT” porque se originou de um inquérito no qual integrantes de diversos partidos eram investigados por organização criminosa, mas depois foi dividido por partidos.

Em setembro do ano passado, antes de deixar o cargo, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ao Supremo pelo crime de organização criminosa, além de Lula e Dilma, os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci, do Planejamento Paulo Bernardo, de Comunicação Social Edinho Silva, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e a senadora Gleisi Hoffmann, que atualmente ocupa a presidência do PT.

Janot afirmou, na denúncia, que a cúpula do PT recebeu R$ 1,48 bilhão de propina em dinheiro desviado dos cofres públicos.

Na época da apresentação da denúncia, os denunciados negaram que tivessem cometido qualquer irregularidade (leia aqui a versão de cada um deles).

Em março deste ano, o relator da Lava Jato, ministro Luiz Edson Fachin, dividiu o processo e enviou a parte dos políticos sem foro privilegiado para a Justiça Federal do Distrito Federal prosseguir com o caso.

Somente Gleisi Hofmann e o marido, Paulo Bernardo, permaneceram como investigados no Supremo.

A Procuradoria-Geral da República recorreu para que os fatos sobre os políticos sem foro fossem para a Justiça Federal do Paraná.

Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu para continuar a ser julgado pelo STF.

Os ministros rejeitaram os recursos da procuradoria e da defesa de Lula, mantendo a decisão individual de Fachin.

Agora, com os recursos rejeitados, o caso poderá finalmente ter prosseguimento na primeira instância em Brasília.

 

Fotos: ABr