TRE ouve 15 testemunhas em caso que pode deixar David inelegĂvel

Publicado em: 05/09/2018 Ă s 07:29 | Atualizado em: 05/09/2018 Ă s 07:30
Por Rosiene Carvalho, da RedaĂ§Ă£o
O corregedor eleitoral AristĂ³teles Thury ouviu, em audiĂªncia, nesta terça-feira, dia 4, 15 testemunhas no caso em que o governador do Amazonas e candidato Ă reeleiĂ§Ă£o, Amazonino Mendes (PDT), pede a inelegibilidade do adversĂ¡rio dele neste pleito, David Almeida (PSB), e da vice em sua chapa Rebecca Garcia (PP).
Durante o depoimento, uma ex-professora da Secretaria de Estado de EducaĂ§Ă£o (SEDUC) relatou que adoeceu de depressĂ£o apĂ³s perseguiĂ§Ă£o e demissĂ£o por parte do governo interino de David Almeida e, em funĂ§Ă£o disso, tentou suicĂdio duas vezes.
Ela contou ao corregedor que se sentiu fragilizada por ter sido demitida ao se negar a fazer campanha para Rebecca Garcia apĂ³s 11 anos de serviço pĂºblico.
Testemunhas de defesa confirmaram que entraram na campanha de Rebecca. Mas alegaram que o fizeram por vontade prĂ³pria e sem terem recebido pressĂ£o para a manifestaĂ§Ă£o Ă Â candidata do governo. A audiĂªncia iniciou por volta de 11h e terminou por volta de 15h.
David Almeida, que concorre ao cargo de governador do Estado e é presidente da ALE-AM, apoiou no ano passado quando era governador interino a candidatura de Rebecca Garcia ao governo.
A candidata dele saiu do pleito em terceiro lugar e com uma acusaĂ§Ă£o de ter sido favorecida pela mĂ¡quina. Este ano levou o prestĂgio que conseguiu no pleito passado para o palanque de Amazonino, a quem se aliou.
Julgamento antes da eleiĂ§Ă£o
ApĂ³s a eleiĂ§Ă£o suplementar, o MinistĂ©rio PĂºblico Eleitoral (MPE) e o governador Amazonino Mendes apresentaram acusaĂ§Ă£o de abuso do poder polĂtico e pedido de inelegibilidade contra os dois.
Amazonino chegou a pedir a desistĂªncia, mas depois que se intensificaram as brigas com a oposiĂ§Ă£o liderada por David solicitou e conseguiu o prosseguimento da aĂ§Ă£o no TRE-AM.
O goverador e MPE acusam David e Rebecca de se beneficiarem e serem agentes de ações, no governo interino, de ameaça de demissĂ£o de cargos comissionados que nĂ£o “entrassem” na campanha de Rebecca.
O BNC apurou que hĂ¡ tempo, a depender da vontade do corregedor, do processo iniciar o julgamento antes da realizaĂ§Ă£o do pleito deste ano.
Justiça evitou novas demissões
Na ocasiĂ£o, houve uma intervenĂ§Ă£o da justiça eleitoral proibindo novas demissões na Suhab atĂ© o dia da eleiĂ§Ă£o, a pedido do MPE.
A aĂ§Ă£o do MPE envolve casos de ameças e demissões na Suhab e Seduc. A de Amazonino aponta ações irregulares na Suhab e na Ouvidoria.
O BNC apurou que restou ainda ouvir uma testemunha no caso, o que serĂ¡ remarcado porque a mesma justificou a falta. Havia 34 testemunhas apontadas no caso, as demais foram dispensadas pela defesa e acusaĂ§Ă£o.
Como nĂ£o houve indicaĂ§Ă£o de diligĂªncias, agora, as prĂ³ximas fases do processĂ£o sĂ£o alegações finais das partes e decisĂ£o do corregedor se houve ou nĂ£o irregularidade e entrada na pauta de julgamento do TRE-AM.