David fica fora do programa de estreia da propaganda gratuita

Publicado em: 31/08/2018 Ă s 11:50 | Atualizado em: 31/08/2018 Ă s 12:30
Da RedaĂ§Ă£o*
Os candidatos aos cargos de governador do Estado, senadores e deputados estaduais estrearam nesta sexta-feira, dia 31. O horĂ¡rio eleitoral do primeiro turno das Eleições 2018. A propaganda em rĂ¡dio e TV prossegue atĂ© 4 de outubro. A votaĂ§Ă£o, em primeiro turno, serĂ¡Â no dia 7 de outubro.
Na campanha para o Governo  exibido nas rĂ¡dios hoje Ă s 6h, o senador Omar Aziz (PSD) usou o espaço para se apresentar por meio de um locutor e de um jingle gravado pelo cantor David Assayag e composto por Chico da Silva lembrando o que ele tentar fortalecer na cabeça de aliados e eleitores: que cumpriu as promessas da eleiĂ§Ă£o em que disputou o governo e que Ă© um “homem de palavra”.
Na TV, Omar foi o protagonista do horĂ¡rio e fortaleceu suas propostas para a Ă¡rea de segurança.
O governador Amazonino Mendes (PDT) apresentou, na rĂ¡dio, dados, programas e ações como uma espĂ©cie de prestaĂ§Ă£o de contas do que o governo dele fez no mandato tampĂ£o entre outubro do ano passado e agosto deste ano.
Amazonino foi o Ăºnico a abrir espaço e usar a imagem da candidata a vice, Rebecca Garcia (PP). A ex-deputada federal foi a terceira colocada nas Eleições Suplementares de 2017, quando disputou com o apoio da mĂ¡quina comandada na ocasiĂ£o pelo candidato David Almeida (PSB).
Na TV, ele e Rebecca dividiram o espaço para apresentar a campanha com palavras de “amor” e positivo.
O programa de David nĂ£o foi exibido nesta sexta-feira no horĂ¡rio reservado à propaganda na rĂ¡dio. Na TV, David usou sua imagem em primeiro plano dizendo que quando esteve no governo por cinco meses viu e tomou ações que nĂ£o foram feitas pelos gestores anteriores.
O candidato do PSC e apresentador de TV, Wilson Lima, com 25 segundos, na TV e na rĂ¡dio, praticamente sĂ³ teve tempo de falar o nome e repetir o bordĂ£o que usa na TV A CrĂtica: “A bronca Ă© comigo”.
O mesmo ocorreu com os candidatos do PSOL, o sindicalista Berg da UGT, e do PSTU, o funcionĂ¡rio pĂºblico Sidney Cabral. O tempo os permitiu apenas dizer o nome.
A candidata do PCdoB ao Governo do Estado e cirurgiĂ£-dentista, LĂºcia Antony, se apresentou ao eleitor mas tambĂ©m usou o espaço para defender o Governo Lula e a candidatura do ex-presidente, alĂ©m de tambĂ©m usar o espaço para divulgar o nome e nĂºmero de Vanessa Grazziotin (PCdoB) ao Senado.
A reportagem solicitou à  assessoria de comunicaĂ§Ă£o de David Almeida informações sobre a ausĂªncia dele no programa de estrĂ©ia da rĂ¡dio. Mas até o fechamento desta matĂ©ria, nenhuma resposta foi enviada Ă redaĂ§Ă£o.
Neste ano, os candidatos a governador de estado ou do Distrito Federal, ao Senado Federal e a deputado estadual ou distrital anunciarĂ£o suas propostas no horĂ¡rio eleitoral gratuito Ă s segundas, quartas e sextas-feiras.
PresidĂªncia e deputado federal
Os candidatos a presidente da RepĂºblica e a deputado federal farĂ£o sua propaganda no horĂ¡rio eleitoral gratuito Ă s terças e quintas-feiras e aos sĂ¡bados.
No mesmo perĂodo da propaganda eleitoral em rede, a legislaĂ§Ă£o eleitoral estabelece que as emissoras de rĂ¡dio e de televisĂ£o reservarĂ£o, de segunda-feira a domingo, 70 minutos diĂ¡rios para a propaganda gratuita relativa ao cargo de presidente da RepĂºblica na forma de inserções de 30 e 60 segundos, a critĂ©rio do respectivo partido polĂtico ou coligaĂ§Ă£o.
As inserções devem ser assinadas obrigatoriamente pelo partido ou coligaĂ§Ă£o, e distribuĂdas, ao longo da programaĂ§Ă£o, em trĂªs blocos: entre 5h e 11h; 11h e 18h; e 18h e 24h. Devem observados os critĂ©rios de proporcionalidade fixados na Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições).
Recursos e proibições
A legislaĂ§Ă£o determina que a propaganda eleitoral gratuita na televisĂ£o deverĂ¡ utilizar, entre outros recursos, subtituiĂ§Ă£o por meio de legenda oculta, janela com intĂ©rprete de linguagem de Libras (LĂngua Brasileira de Sinais) e audiodescriĂ§Ă£o, sob responsabilidade dos partidos e das coligações.
A lei proĂbe a veiculaĂ§Ă£o de propaganda que possa degradar ou ridicularizar candidatos, sujeitando-se o partido ou a coligaĂ§Ă£o que cometeu infraĂ§Ă£o Ă perda do direito Ă veiculaĂ§Ă£o de propaganda no horĂ¡rio eleitoral gratuito do dia seguinte ao da decisĂ£o.
AlĂ©m disso, a reiteraĂ§Ă£o de uma conduta que jĂ¡ tenha sido punida pela Justiça Eleitoral poderĂ¡ resultar na suspensĂ£o temporĂ¡ria da participaĂ§Ă£o do partido ou da coligaĂ§Ă£o no programa eleitoral gratuito. TambĂ©m Ă© vedada a propaganda paga no rĂ¡dio e na televisĂ£o, respondendo o candidato, o partido e a coligaĂ§Ă£o pelo seu conteĂºdo.
Entrevistas e pesquisas
No horĂ¡rio eleitoral serĂ¡ permitida a veiculaĂ§Ă£o de entrevistas com o candidato e de cenas externas nas quais ele, pessoalmente, divulgue as realizações de governo ou da administraĂ§Ă£o pĂºblica, falhas administrativas e deficiĂªncias verificadas em obras e serviços pĂºblicos em geral, e atos parlamentares e debates legislativos.
No entanto, a lei proĂbe ao partido polĂtico, Ă coligaĂ§Ă£o ou ao candidato transmitir, na propaganda eleitoral gratuita, ainda que sob a forma de entrevista jornalĂstica, imagens de realizaĂ§Ă£o de pesquisa ou qualquer outro tipo de consulta popular de natureza eleitoral em que seja possĂvel identificar o entrevistado.
Ou, ainda, em que haja manipulaĂ§Ă£o de dados, assim como uso de trucagem, montagem ou outro recurso de Ă¡udio ou de vĂdeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligaĂ§Ă£o. Veda tambĂ©m a produĂ§Ă£o ou veiculaĂ§Ă£o de programa com esse efeito.
Na divulgaĂ§Ă£o de pesquisas no horĂ¡rio eleitoral gratuito, a legislaĂ§Ă£o determina que devem ser informados, com clareza, o perĂodo de sua realizaĂ§Ă£o e a margem de erro.
A lei nĂ£o obriga a menĂ§Ă£o aos concorrentes, desde que o modo de apresentaĂ§Ă£o dos resultados nĂ£o induza o eleitor a erro quanto ao desempenho do candidato em relaĂ§Ă£o aos demais.
*Com informações da assessoria de comunicaĂ§Ă£o do TSE