Alckmin perde paciência, joga toalha e encara aliados: “Querem outro?”

Publicado em: 06/06/2018 às 14:29 | Atualizado em: 06/06/2018 às 14:30
Os pífios resultados nas pesquisas de pré-campanha para chegar à Presidência da República (abaixo de 10%) já tiram o escolhido do PSDB às eleições do sério. Nesta segunda, dia 4, durante um jantar, Geraldo Alckmin jogou um guardanapo na mesa e perguntou aos aliados tucanos se preferem um outro candidato.
Ele foi cobrado por lideranças do PSDB, críticos da condução da pré-candidatura. Principalmente na interlocução com os estados onde Alckmin não é benquisto nem pelas lideranças locais, como é o caso do Amazonas. Arthur Neto, o prefeito de Manaus, e Arthur Bisneto, presidente estadual do partido, tendem a apoiar outro nome em outubro.
Diante dessa “lavagem de roupa suja”, Alckmin explodiu. “Elevou a voz, fez o discurso em que sugeriu que escolhessem outro nome para a vaga de presidenciável e na sequência os admoestou. Disse que todos sabiam exatamente qual o trabalho que deveriam fazer e que não lhe caberia indicar nomes para todas as tarefas”, diz reportagem da Folha.
À mesa, nomes de peso do partido. Os ex-governadores Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR), e os líderes de bancada Paulo Bauer (Senado) e Nilson Leitão (Câmara), o ex-ministro Bruno Araújo (PE), o ex-senador José Aníbal (SP) e o coordenador de campanha Samuel Moreira.
Acostumado a dar as cartas, Alckmin, agora sob pressão, já começa a ver sua candidatura como sacrifício pessoal. Parte dos tucanos temem que ele, ao invés do guardanapo, da próxima vez jogue a toalha e desista das eleições.
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Foto: Reprodução/EPTV