Malafaia se desespera com falta de apoio de evangélicos e ataca pastor

Silas Malafaia, diante da perda de apoio entre evangélicos, demonstrou desespero e, como reação, lançou ataques ao deputado Otoni de Paula (MDB-RJ). Por sua vez, o parlamentar rompeu com Jair Bolsonaro após disputas internas e rebateu o pastor ao afirmar que fala “com o crente que não é gado”.

Além disso, Otoni destacou que não há perseguição religiosa contra Malafaia e criticou o uso político da fé. “A igreja não é Bolsonaro, a igreja também não é Lula. A igreja é o evangelho”, disse, ao mesmo tempo em que classificou como exagero a tentativa do pastor de transformar investigações em ataque à religião.

Diante do isolamento, Malafaia buscou reforço no ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, com quem fez dobradinha contra Alexandre de Moraes. Nesse contexto, o guru de Bolsonaro compartilhou discurso de Mendonça no qual atacava o “ativismo judicial” e dizia que o país vive um “estado judicial de direito”.

Poucas horas depois, Moraes respondeu afirmando que apenas “nas autocracias o autocrata pode querer exercer sua liberdade sem limites e não ser responsabilizado”. Com isso, o recado atingiu Bolsonaro e seus aliados, mas também Mendonça e Malafaia.

Por fim, a operação da Polícia Federal contra o pastor, autorizada por Moraes, aumentou o atrito e levou Malafaia a publicar nota falando em “atentado contra a democracia e liberdade religiosa”. Apesar disso, a estratégia ainda não conseguiu unificar a base evangélica.

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Foto: Alan Santos/Presidência da República