Amazonas apresenta recorde histórico em renda per capita

A renda per capita dos amazonenses cresceu 18,8% entre 2022 e 2024. Com esse resultado, o estado entrou na lista das unidades da federação que alcançaram recorde histórico no ano passado.

O rendimento domiciliar per capita mensal no Amazonas foi de R$ 1.231 em 2024, contra R$ 1.036 em 2022. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir do rendimento da população.

Conforme o levantamento, o Amazonas está entre os 10 estados que apresentaram maior índice de crescimento no país. Da região Norte, apenas Rondônia está também incluída nesse seleto grupo.

O estudo, “PNAD Contínua: Rendimento de Todas as Fontes (2024)”, traz dados de rendimentos provenientes de trabalho e de outras fontes, como aposentadoria, pensão e programas sociais. Entre os indicadores, estão rendimento médio mensal real domiciliar per capita; rendimento médio real de todas as fontes; rendimento médio de outras fontes; e Índice de Gini do rendimento médio mensal real domiciliar per capita.

O raio-x do Amazonas, no levantamento, não chega a surpreender e não é um resultado isolado.

Reflete um conjunto de decisões de um governo que deixou para trás as ações meramente assistencialistas, para se concentrar em políticas públicas que agem de forma conjunta, tirando as famílias de locais vulneráveis e oferecendo condições de capacitação, oportunidades de emprego, além do suporte social, para que possam evoluir economicamente. Uma linha defendida e implementada pelo governador Wilson Lima, desde que assumiu a administração estadual.

Desse pacote, fazem parte as políticas habitacionais e fundiárias conduzidas através do Amazonas Meu Lar, programa que também vem impulsionando o mercado da imobiliário e da construção civil, segmentos importantes para o desenvolvimento da economia local.

Também fazem parte as construções de moradias, o reassentamento de famílias de áreas de risco, obras de saneamento básico e urbanização, como as que são realizadas pelos programas Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+), na capital, e de Saneamento Integrado (Prosai), concluído em Maués e avançando em Parintins. Esses programas também incluem a capacitação das famílias beneficiárias e ações de estímulo ao empreendedorismo, além de obras que geram empregos e renda.

Essas iniciativas são conduzidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) e Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), pastas que administro. Mas as ações de governo vão muito além, envolvendo vários outros órgãos do estado. No caso do Amazonas Meu Lar, por exemplo, inclui, ainda, a Superintendência de Habitação do Amazonas (Suhab) e a Secretaria das Cidades e Territórios (Sect).

Temos, ainda, as ações que o Governo do Amazonas implementou em outras frentes, como o acesso a crédito, beneficiando micro e pequenos empreendedores, o fomento à produção, a qualificação em escala e o apoio na geração e captação de empregos, essenciais para aumentar a produtividade e a renda das famílias amazonenses, na capital e no interior.

A Agência de Fomento do Amazonas (Afeam) ampliou de forma consistente o microcrédito e o financiamento a pequenos negócios. Com isso, contribuindo para a formalização e geração de renda para os microempreendedores e agricultores familiares.

A qualificação profissional, por sua vez, ganhou novos horizontes, com a expansão da oferta por meio do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), inclusive com o fortalecimento da atuação no interior do estado. Milhares de oportunidades de formação foram abertas, conectando trabalhadores a ocupações demandadas pela indústria, comércio e serviços.

O Sine Amazonas, por sua vez, ampliou o alcance territorial e a rotina de oferta de vagas, facilitando o “match” entre trabalhadores qualificados e empresas que necessitam de mão de obra. Sabemos que a qualificação consistente aumenta a empregabilidade, a produtividade e, por consequência, a renda do trabalhador. Uma política simples, mas de alto impacto e com resultados em curto prazo.

Esse bom momento também se reflete no Polo Industrial de Manaus. O governador Wilson Lima tem se posicionado e atuado fortemente na defesa da Zona Franca, modelo que mantém milhares de postos de trabalho.

O estado, em resumo, tem apresentado saldos positivos em empregos formais, em todas as áreas. Nos últimos 12 meses, de junho de 2024 a maio de 2025, registrou um saldo de 32,8 mil vagas com carteira assinada.

Com crédito circulando, qualificação disponível e investimentos públicos e privados em franco crescimento, aumentam as oportunidades no mercado de trabalho, sintetizando esse movimento ascendente da renda per capita.

É preciso que se diga, entretanto, que ainda há grandes desafios pela frente e metas a cumprir, como bem tem ressaltado o governador Wilson Lima, para a ampliação dessas conquistas e redução das desigualdades, nosso objetivo principal.

*O autor é engenheiro civil, especialista em Saneamento Básico e em Governança e Inovação Pública; exerce, atualmente, os cargos de secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano – Sedurb e da Unidade Gestora de Projetos Especiais – UGPE.

Foto: divulgação