Renato Jr. cobra ação contra estrago da Águas de Manaus nas ruas

Vice-prefeito quer Ageman fiscalizando e punindo a empresa concessionária

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 20/08/2025 às 16:34 | Atualizado em: 20/08/2025 às 16:34

O vice-prefeito de Manaus e secretário de Obras (Seminf), Renato Magalhães Júnior, cobrou nesta terça-feira (19 de agosto) mais rigor da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados (Ageman) contra a concessionária Águas de Manaus, responsável por abrir ruas da cidade para obras de saneamento e deixá-las em condições precárias após os serviços.

Segundo ele, a concessionária vem entregando reparos “de péssima qualidade”, prejudicando vias recém-asfaltadas pela prefeitura e causando transtornos à mobilidade. “Não somos contra as obras de saneamento, mas não dá para aceitar que elas sejam feitas sem compromisso com a recomposição adequada do asfalto. Isso desrespeita a cidade e a população”.

A fala evidencia a ineficiência da concessionária e também a fragilidade da atuação da Ageman, que mesmo realizando vistorias diárias, ainda não conseguiu impedir o problema recorrente.

Agora, a fiscalização terá apoio do órgão municipal de trânsito e de técnicos da Seminf, em uma tentativa de ampliar o controle.

Apesar das promessas de reforço, moradores seguem enfrentando ruas esburacadas e obras malfinalizadas.

O episódio expõe a falta de coordenação entre a concessionária e os órgãos reguladores, além da ausência de penalidades mais duras, que poderiam obrigar a empresa a cumprir padrões de qualidade compatíveis com o impacto de suas intervenções na capital.

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2019 – Primeiras denúncias de moradores sobre buracos mal tapados após obras da concessionária. A prefeitura chegou a notificar a empresa, mas os problemas continuaram.

2020 – Em meio a reclamações generalizadas, a gestão municipal ameaçou aplicar multas pesadas contra a Águas de Manaus. As sanções não foram suficientes para mudar o padrão dos serviços.

2022 – Comunidades inteiras na zona Leste e Norte denunciaram crateras abertas pela concessionária que ficaram semanas sem reparo, prejudicando ônibus e motoristas.

2023 – Protestos de moradores em bairros como Compensa e Cidade Nova voltaram a expor a precariedade da recomposição asfáltica. A Ageman prometeu intensificar a fiscalização.

2024 – A agência reguladora anunciou novas frentes de vistoria e relatórios semanais sobre a concessionária. No entanto, as ruas continuaram a receber reparos malfeitos, com afundamentos e asfalto irregular.

2025 – O vice-prefeito Renato Magalhães Júnior reconhece publicamente a baixa qualidade dos serviços e cobra da Ageman uma postura mais dura. Apesar disso, a população segue enfrentando buracos e vias comprometidas.

Foto: Semcom