Ex-gestor da SES-AM muda discurso e Wilson Lima reage: ‘Sem chantagem’

Enfermeiro que denunciou organização privada antes exaltava modelo; governador nega irregularidades e expõe avanços.

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 19/08/2025 às 09:41 | Atualizado em: 19/08/2025 às 09:41

O governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou nesta segunda-feira (18 de agosto) que “chantagens” não vão intimidar a Secretaria de Saúde (SES-AM) nem comprometer a implantação do novo modelo de gestão em hospitais da rede.

A declaração foi feita durante visita ao hospital e pronto-socorro Platão Araújo, na zona leste de Manaus, onde destacou os avanços da sua administração no setor.

Segundo Lima, a saúde do Amazonas deixou de ser “refém de monopólios” e passou a contar com concorrência entre prestadores de serviços, garantindo maior eficiência e preços de mercado.

“Nunca houve tanta transparência na saúde como agora. Nenhum ataque vai nos desviar desse caminho”.

Ele também negou a possibilidade de demissão em massa de servidores e lembrou que mais de 500 profissionais foram contratados recentemente para o Platão.

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Ex-gestor muda discurso

No mesmo dia, o ex-gerente de hospitais e fundações da SES Michael Lemos divulgou em rede social supostas irregularidades na gestão, afirmando que pediu demissão por “não compactuar” com a situação.

Entretanto, até a semana passada, quando ainda ocupava o cargo, o enfermeiro usava suas redes para elogiar a saúde estadual, exaltava a transparência do governo Wilson Lima e defendia a contratação de organizações sociais de saúde (OSS) como marco histórico para o Amazonas.

Postagens de 2024 e deste ano mostram Lemos celebrando a entrada de OSS em unidades de referência, como o hospital 28 de Agosto e o Instituto da Mulher, destacando investimentos em equipamentos e agradecendo ao governador e à secretária de Saúde pela condução do processo.

Agora, exonerado, o ex-gestor passou a acusar as mesmas OSS de operarem como “cartas marcadas” e diz que pretende acionar órgãos de investigação.

Contudo, até o momento, sem apresentar provas, suas ameaças não passam de denúncias vazias.

Foto: Antônio Lima/Secom