Projeto transforma materiais dos bois de Parintins em produtos

A ideia é “transformar histórias, toadas, lendas e símbolos em coleções, objetos, marcas e experiências”.

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 01/08/2025 às 14:50 | Atualizado em: 01/08/2025 às 14:50

O boi-bumbá Caprichoso divulgou neste dia 31 de julho o encerramento da primeira etapa do projeto “Do festival ao futuro: Parintins criativo” ocorrido no dia 29, no curral Zeca Xibelão, em Parintins.

A formação é uma parceria entre o boi Caprichoso, por meio da escola de arte Irmão Miguel de Pascale, Sebrae Amazonas e Sebrae nacional, para o reaproveitamento de materiais utilizados pela associação folclórica nas apresentações do Festival Folclórico de Parintins.

A partir deles serão desenvolvidos novos produtos de decoração, móveis, moda e design de interiores.

A ideia é “transformar histórias, toadas, lendas e símbolos em coleções, objetos, marcas e experiências”.

A formação abriu 20 vagas, mas conseguiu abarcar 30 participantes.

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O futuro Caprichoso

O projeto “Do festival ao futuro: Parintins criativo” vai ao encontro de um projeto maior da escola de artes, o “Caprichoso: trilhas para o futuro”.

Segundo Irian Butel, gestora da escola de artes, disse ao BNC Amazonas , “dentro desse projeto, a gente tem os cursos profissionalizantes, que tem como objetivo construir pontes e oportunidades para os pais dos nossos alunos, para os nossos artistas, de forma que eles alcancem o mercado de trabalho, que eles potencializem o seu fazer artístico, para que a gente também alcance outros mercados”.

Folclore e inovação

Lilian Sílvia Simões, analista do Sebrae Amazonas, é a gestora do projeto “Do festival ao futuro: Parintins criativo”.

Ao site, ela disse que foi realizada uma pesquisa de diagnóstico para promoção do empreendedorismo nos municípios. Nela, concluíram que Parintins é um polo criativo de inovação.

A partir disso, propõem “pegar essas mentes criativas e tirar um pouco do que eles já fazem, levando uma percepção de mercado para produtos decorativos, mobiliário e moda, dentro do que eles já dominam que é a criação”.

Na etapa realizada dia 29 de julho com o boi Caprichoso, fizeram uma oficina criativa para avaliar quais produtos podem ser explorados comercialmente.

A trilha do fazer

A oficina está inserida na primeira fase do projeto, que tem como eixo a inovação.

“É uma etapa criativa que explora as técnicas que cada artista (figurinista, costureira, desenhista, soldadores etc.) tem e aproveitá-las para a produção de produtos, orientada pela temática do ano, explorando as cores do boi, a fim de desenvolver coleções”, disse Lilian.

A segunda fase concentra-se na prototipagem, etapa em que são feitos os protótipos, “quando os artistas tiram as ideias do papel para a produção física, é o momento das correções”.

Na terceira fase, faz-se a capacitação para a gestão empreendedora, onde é ensinado como por preço nos produtos, identificar qual a percepção de mercado em relação a eles, como se faz a elaboração de catálogo, gestão de marketing, entre outros processos fundamentais para que um empreendimento tenha sucesso.

O Sebrae Amazonas também realizará o projeto com o boi Garantido, neste mês.

Cidade criativa

Segundo Lilian, a partir dos projetos, o Sebrae tem como objetivo concorrer ao selo Cidade Criativa, concedido pela Unesco. Até o momento, o selo foi concedido apenas para João Pessoa (PB).

“Queremos mostrar Parintins como ela é. Ela não é só o festival, ela é um selo cultural de pessoas criativas. Queremos buscar esse selo da Unesco em 2027”.

Fotos: divulgação