Torres admite falta de provas sobre fraude nas urnas

Ex-ministro afirma que Ministério da Justiça não analisou possíveis fraudes nas eleições de 2022.

Adrissia Pinheiro

Publicado em: 10/06/2025 às 12:41 | Atualizado em: 10/06/2025 às 12:50

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres depôs à Primeira Turma do STF nesta terça-feira (10). Durante seu testemunho, afirmou que o Ministério da Justiça não possuía dados técnicos sobre irregularidades nas urnas eletrônicas em 2022.

“No âmbito do Ministério da Justiça propriamente dito — sem ser através da Polícia Federal — não temos setor, nem área nenhuma que trabalhe com essa questão de urnas eletrônicas […]. Tecnicamente falando, não temos nada que aponte fraude nas urnas. Nunca chegou essa notícia até mim”.

Vale destacar que ele é o quarto dos ocero acusados considerados parte central na tentativa de golpe a prestar depoimento no caso.

Um relatório da PF, divulgado em novembro de 2024, revelou que Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, líder do PL, sabiam da falsidade das acusações. Apesar disso, decidiram divulgar um documento com informações falsas para desacreditar o sistema eleitoral e colocar em dúvida a vitória de Lula.

A ação fazia parte de uma estratégia política coordenada para enfraquecer a credibilidade do processo democrático brasileiro após o segundo turno de 2022.

Além disso, no dia 27, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Djairlon Henrique Moura confirmou ordens dadas pelo então ministro Anderson Torres. De acordo com Moura, Torres mandou realizar blitz direcionadas ao Nordeste durante o segundo turno da eleição presidencial.

O objetivo, conforme ele, era claramente dificultar o acesso de eleitores nordestinos às urnas e interferir no resultado da votação.

Saiba mais no g1.

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