Senado aprova pacote que endurece penas para crimes em escolas

Projeto trata de massacres, importunaĂ§Ă£o, homicĂ­dio e roubo em escolas e prevĂª botĂ£o de pĂ¢nico e vigilĂ¢ncia obrigatĂ³ria.

Publicado em: 23/04/2025 Ă s 15:29 | Atualizado em: 23/04/2025 Ă s 15:29

A violĂªncia em escolas brasileiras motivou a aprovaĂ§Ă£o de um pacote de medidas que endurece penas e reforça a prevenĂ§Ă£o. O projeto passou nesta terça-feira (22) na ComissĂ£o de Segurança PĂºblica (CSP) do Senado.

A proposta inclui assassinatos, roubos e importunações. TambĂ©m obriga escolas a adotarem medidas preventivas, como botĂ£o de pĂ¢nico e presença de vigilantes.

O texto altera o CĂ³digo Penal para transformar homicĂ­dios em escolas em crimes qualificados, com pena de 12 a 30 anos. Antes, era de 6 a 20 anos.

Outros crimes tambĂ©m terĂ£o penas maiores. Por exemplo, a importunaĂ§Ă£o sexual poderĂ¡ resultar em uma pena de dois a seis anos de prisĂ£o caso ocorra em ambiente escolar.

AlĂ©m disso, o projeto foi apresentado por Alan Rick (UniĂ£o-AC) e teve relatoria de SĂ©rgio Moro (UniĂ£o-PR), que incluiu o crime de massacre no texto.

Punições

Com essa mudança, a pena para massacres varia de 20 a 40 anos de prisĂ£o por vĂ­tima. Da mesma forma, quem incita ou faz apologia ao crime pode receber uma pena de atĂ© seis anos.

AlĂ©m das punições mais severas, a proposta prevĂª ações preventivas, como a criaĂ§Ă£o de um canal de denĂºncia, um grupo de avaliaĂ§Ă£o de risco, controle de acesso e o incentivo Ă  cultura da paz nas escolas.

Nesse sentido, tambĂ©m poderĂ¡ haver detector de metais e revista individual. Por outro lado, itens como psicĂ³logo e cĂ¢meras de segurança nĂ£o serĂ£o mais obrigatĂ³rios, apenas recomendados.

Segundo Moro, escolas pĂºblicas e privadas do ensino bĂ¡sico deverĂ£o seguir as novas regras, enquanto o policiamento prĂ³ximo ficarĂ¡ sob responsabilidade da PM e das guardas municipais.

O projeto cria um Conselho Nacional de Segurança Escolar e ainda precisa passar pela ComissĂ£o de EducaĂ§Ă£o antes de ir Ă  CĂ¢mara dos Deputados.

Leia na Ă­ntegra em AgĂªncia Senado.

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Foto: Marcos Oliveira/AgĂªncia Senado