Contra influenza, Amazonas suspende eventos e criaĂ§Ă£o de aves ao ar livre
ProibiĂ§Ă£o vai durar 180 dias por recomendaĂ§Ă£o do governo federal.

Publicado em: 28/03/2025 Ă s 13:39 | Atualizado em: 31/03/2025 Ă s 11:44
A AgĂªncia de Defesa AgropecuĂ¡ria e Florestal do Amazonas (Adaf) avisou aos avicultores do estado que estĂ£o suspensas, em todo o paĂs, a realizaĂ§Ă£o de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeraĂ§Ă£o de aves, assim como a criaĂ§Ă£o de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior.
As medidas estĂ£o previstas na portaria 782, publicada no dia 27 de março no diĂ¡rio oficial da UniĂ£o. As medidas nĂ£o alcançam criadores de subsistĂªncia.
Segundo o MinistĂ©rio da Agricultura e PecuĂ¡ria, as proibições tĂªm o objetivo de prevenir o risco de ingresso e disseminaĂ§Ă£o da influenza aviĂ¡ria de alta patogenicidade na avicultura comercial.
O risco iminente da doença no territĂ³rio nacional acontece em funĂ§Ă£o de novos focos da doença na AmĂ©rica do Sul.
Conforme a legislaĂ§Ă£o, os eventos agropecuĂ¡rios com aglomeraĂ§Ă£o de aves poderĂ£o ser realizados apenas quando autorizados pelo serviço veterinĂ¡rio estadual.
Nestes casos, as autorizações vĂ£o depender da avaliaĂ§Ă£o da situaĂ§Ă£o epidemiolĂ³gica do estado e da apresentaĂ§Ă£o de um plano de biosseguridade pelos organizadores do evento, contendo a descriĂ§Ă£o das medidas de prevenĂ§Ă£o e controle para mitigar o risco de introduĂ§Ă£o e disseminaĂ§Ă£o da influenza aviĂ¡ria.
A proibiĂ§Ă£o da criaĂ§Ă£o de aves ao ar livre contempla aves de produĂ§Ă£o, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exĂ³ticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.
A portaria tem duraĂ§Ă£o de 180 dias e pode ser prorrogada pela Secretaria de Defesa AgropecuĂ¡ria do ministĂ©rio.
PrevenĂ§Ă£o e controle
Para manter o status sanitĂ¡rio do Brasil, que Ă© o maior exportador de carne de frango do mundo, a Adaf orienta que os avicultores reduzam a visita de pessoas alheias Ă produĂ§Ă£o, tenham atenĂ§Ă£o Ă manutenĂ§Ă£o de telas e cercas, cuidados com a qualidade da Ă¡gua e evitem o acesso de aves silvestres, que estĂ£o vindo na rota migratĂ³ria, do HemisfĂ©rio Norte, com chance de introduĂ§Ă£o da doença no Estado.
A influenza aviĂ¡ria de alta patogenicidade Ă© causada por vĂrus, com alto Ăndice de contĂ¡gio e impactos severos para a avicultura.
A doença pode causar tosse, espirros, secreĂ§Ă£o ocular e nasal, diarreia, desidrataĂ§Ă£o, apatia, falta de coordenaĂ§Ă£o motora, perda de apetite, inchaços na cabeça e pescoço, hemorragia nas pernas e queda drĂ¡stica na produĂ§Ă£o de ovos, alĂ©m de aumento repentino na mortalidade das aves.
Ao notarem esses sintomas, as pessoas nĂ£o devem recolher as aves doentes ou mortas, apenas isolar a Ă¡rea e notificar a suspeita em uma unidade da Adaf, pelo telefone (92) 99255-5409 ou por meio do Sistema Brasileiro de VigilĂ¢ncia e EmergĂªncias VeterinĂ¡rias (e-Sisbravet), no site da agĂªncia (adaf.am.gov.br).
Foto:Â Secom