Assédio sexual a mulheres jornalistas é exposto em pesquisa da Abraji

Publicado em: 15/02/2018 às 14:31 | Atualizado em: 15/02/2018 às 14:31
Assédios, pressões e opressões são situações cotidianas com as quais as mulheres, que ainda são minorias em redações Brasil afora, são confrontadas no ambiente profissional do jornalismo, com maioria machista e muitas vezes racista.
“Um dia uma repórter foi ‘encoxada’ na sala por um editor. Depois disso, sempre quando voltava das pautas ela tinha que subir acompanhada para evitar certos tipos de problema”, relatou uma jornalista à pesquisa da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e do grupo Gênero e Número, com o apoio do Google News Lab.
Com intuito de investigar os desafios enfrentados pelas mulheres no exercício da profissão jornalística, a pesquisa obteve relatos e resultados surpreendentes.
“Você vai falar com fulano? Coloca uma saia curta, um decote… Aproveita que você tem isso e use a seu favor’, disse uma chefe mulher para mim”, relata outra jornalista na pesquisa.
Os números obtidos revelam que a realidade supera e confirma os cenários descritos, que muitas vezes são vistos com olhar de vitimização por parte de quem não viveu esse tipo de violência.
Leia mais com gráfico em Congresso em Foco
Foto: Divulgação