Após 6 pedidos, ALE abre impeachment do governador de Roraima
A ALE-RR aceitou o primeiro pedido de impeachment contra o governador Antonio Denarium, acusando-o de irregularidades, desvios de recursos e nepotismo.

Publicado em: 03/07/2024 às 19:52 | Atualizado em: 03/07/2024 às 19:56
Em um movimento inesperado, a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aceitou nesta terça-feira (2/7), o primeiro pedido de impeachment contra o governador Antonio Denarium (PP), marcando o início de um processo que pode levar à destituição do líder estadual. O pedido, registrado em 19 de junho por Rudson Leite da Silva e Fábio Gonçalves de Almeida, aponta diversas acusações graves contra Denarium, incluindo irregularidades na administração pública, desvios de recursos e nepotismo.
O presidente da casa legislativa, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), que já foi aliado de Denarium, recebeu o pedido.
As acusações contra o governador incluem irregularidades na administração pública, desvios de recursos, nepotismo, uso de programas sociais para fins eleitorais e abuso de poder econômico.
Em nota, o governo de Roraima lamentou a postura do presidente da Assembleia Legislativa, afirmando que a tentativa de impeachment busca desconstruir a imagem de um governo que trouxe vários indicadores positivos ao estado.
A nota também ressaltou que a eleição de 2022, que resultou na vitória de Denarium com 56,47% dos votos no primeiro turno, deve ser respeitada.
O rompimento político entre Denarium e Sampaio ocorreu em abril de 2024, quando Sampaio alegou que membros do parlamento estavam sendo espionados pelo serviço de inteligência do governo.
O governo estadual negou essas acusações.
A Assembleia Legislativa informou que uma comissão especial será formada para analisar o pedido de impeachment.
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O governador terá o prazo de 10 sessões do Plenário para apresentar sua defesa. Atualmente, apenas um pedido de impeachment foi encaminhado para a Procuradoria para parecer, e nenhum foi remetido à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A denúncia será analisada por uma comissão especial conforme a Lei Federal 1079/1950.
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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil