No Amazonas, 2 milhões não têm certeza de comida suficiente na mesa

O Amazonas enfrenta um cenário preocupante de insegurança alimentar, com dois milhões de pessoas em situação vulnerável, sendo mais de 400 mil em quadro grave, de acordo com o IBGE.

Publicado em: 26/04/2024 às 12:29 | Atualizado em: 26/04/2024 às 12:29

A Pesquisa sobre Segurança Alimentar no Brasil, divulgada pelo IBGE, revela que 2 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar no estado do Amazonas.

Destes, mais de 400 mil vivenciam uma situação grave que pode levar à fome.

Segundo o levantamento, a população total do estado em 2022 é de 3.941.175 pessoas.

A segurança alimentar é caracterizada pelo acesso pleno aos alimentos, tanto em quantidade quanto em qualidade adequada, sem preocupações sobre restrições futuras.

Já a insegurança alimentar grave envolve não só os adultos, mas também as crianças, que sofrem privações severas na alimentação, podendo chegar à fome.

Os dados revelam que 1,2 milhão de pessoas enfrentam insegurança alimentar leve, 266 mil têm insegurança moderada e 437 mil estão em situação de insegurança alimentar grave.

Por outro lado, 2,2 milhões de moradores vivem com segurança alimentar.

No ranking das Unidades da Federação, o Amazonas (9,1%) ocupa o segundo lugar em domicílios com insegurança alimentar grave, seguido pelo Pará (9,5%), Amapá (8,4%) e Maranhão (8,1%).

Em contraste, Santa Catarina (1,5%) e Espírito Santo (2,2%) apresentam os menores percentuais.

A pesquisa destaca que as regiões Norte e Nordeste têm as menores proporções de domicílios com segurança alimentar, enquanto o Sul e o Sudeste apresentam as maiores prevalências.

A insegurança alimentar grave é mais frequente no Norte e no Nordeste, enquanto no Sul e no Sudeste não ultrapassa 5%.

“No que se refere a situação de Insegurança Alimentar (IA) existente nos domicílios, quando o foco é a sua manifestação mais intensa, a I.A. grave, observa-se que ela está presente ao longo da série histórica em maior frequência nas regiões Norte e Nordeste. Em contrapartida, nas regiões Sul e Sudeste, no mesmo período, esta prevalência não chegou a 5%”, explicou o IBGE.

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Foto: reprodução