Espiões da Abin de Bolsonaro monitoravam geral, aponta PF

As apurações da Polícia Federal (PF) acerca do esquema de espionagem ilegal conduzido pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro ultrapassam o monitoramento de celulares realizado por um aplicativo espião adquirido pelo órgão.

Recentemente, as apreensões autorizadas judicialmente revelaram uma abordagem mais invasiva por parte dos agentes ligados ao antigo ocupante do Palácio do Planalto, que tentou manter-se no poder de maneira ditatorial.

De acordo com o jornalista César Tralli, da GloboNews, os investigadores descobriram que os agentes da Abin invadiam em larga escala computadores de opositores políticos e de autoridades que não estavam alinhadas com Bolsonaro.

A infiltração nesses dispositivos era executada por meio de um tipo de vírus, o qual poderia ser introduzido nas máquinas via e-mails falsos, mensagens de serviços de mensagens ou pen-drives.

Segundo as informações trazidas por Tralli no Edição das 18h, o spyware tinha a capacidade de extrair qualquer informação dos computadores infectados pelos agentes da Abin, permitindo acesso total aos dados contidos nesses dispositivos.

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Essa prática era integralmente ilegal, não respaldada pela legislação vigente.

Nesta nova etapa da investigação, a Polícia Federal busca determinar a extensão dos computadores afetados pelo spyware clandestino da Abin, procurando identificar as autoridades e personalidades que foram alvo desse aparato de espionagem do ex-presidente de ideologia de extrema direita.

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Foto: reprodução