Trabalho contra covid premia cientistas com Nobel de Medicina
Enquanto o presidente do Brasil e seus aliados negavam a ciência, estudiosos se empenhavam pela vida.
Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 02/10/2023 às 18:31 | Atualizado em: 02/10/2023 às 18:31
As pesquisas sobre RNA mensageiro (mRNA) premiou hoje (2) a bioquímica húngara Katalin Karikó e o pesquisador norte-americano Drew Weissman com porêmio Nobel de Medicina.
O trabalho foi fundamental para o desenvolvimento das vacinas contra covid-19 (coronavírus).
Conforme anunciou Rickard Sandberg, membro da Assembleia do Nobel no Instituto Karolinska:
O Prêmio Nobel deste ano reconhece a descoberta científica básica que mudou fundamentalmente nossa compreensão de como o mRNA interage com o sistema imunológico e teve um grande impacto na sociedade durante a recente pandemia.
De acordo com informação do Correio Braziliense, o estudo publicado pelos cientistas sobre modificações na base de nucleosídeos permitiu o desenvolvimento de vacinas de RNA mensageiro durante a pandemia.
Assim, os cientistas ganhadores do Nobel de Medicina publicaram os resultados relacionados aos mRNA em um artigo no ano de 2005 que recebeu pouca atenção na época.
Desse modo, as pesquisas sobre a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) eram feitas a mais de 30 anos, mas a aplicação desse método por meio de vacinas parecia distante.
Contudo, com a chegada da pandemia da covid-19 o investimento e a demanda para a produção das vacinas aumentou.
Comi isso, foi possível que os primeiros imunizantes com essa tecnologia inovadora fossem aprovados e aplicados em larga escala.
Assim como também houve o desenvolvimento de vacinas em tempo recorde, com imunizantes sendo feitos em menos de um ano.
Os pesquisadores descobriram que o RNA mensageiro com base modificada poderia ser usado para bloquear a ativação de reações inflamatórias. E, assim, aumentar a produção de proteínas quando é entregue às células.
Além disso, a bioquímica húngara e o pesquisador norte-americano viram que algumas modificações básicas na estrutura do mRNA poderiam deixá-lo menos inflamatório.
Dessa maneira, a descoberta, feita em 1997, foi usada para a criação da vacina contra a covid-19.
Leia mais no Correio Braziliense.
Leia mais
Presidente da CPI ironiza Nobel de Medicina sem defensor da cloroquina
Foto: reprodução/youtube