Mulher de Cid era da rede de mentiras e fraude na vacina de covid
PF avalia que ganham ainda mais peso as suspeitas da participaĂ§Ă£o de Mauro Cid e sua famĂlia em um esquema de fraudes em certificados de vacina.

Da RedaĂ§Ă£o do BNC Amazonas
Publicado em: 16/08/2023 Ă s 10:11 | Atualizado em: 16/08/2023 Ă s 10:11
Gabriela Cid, mulher de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), era de uma rede de mentiras sobre as vacinas contra covid-19, que contava com parentes de militares.
Trata-se da conclusĂ£o da PolĂcia Federal (PF), que identificou tambĂ©m conversas em grupos sobre como fraudar os certificados de imunizaĂ§Ă£o.
Segundo informaĂ§Ă£o do Brasil 247, os dados foram extraĂdos do aparelho celular de Gabriela Cid. O aparelho foi apreendido durante operaĂ§Ă£o da PF que prendeu o tenente-coronel Mauro Cid.
De acordo com a publicaĂ§Ă£o, em mensagens trocadas com seus contatos, a esposa do oficial diz em tom de ironia: “tomei minhas doses kkkkk”. Ela, no entanto, nunca foi imunizada.
É que Gabriela Cid tinha um certificado falso.
Dessa forma, a partir das informações extraĂdas do celular de Gabriela Cid, segundo Aguirre Talento, do UOL, a PF avalia que ganham ainda mais peso as suspeitas da participaĂ§Ă£o de Mauro Cid e sua famĂlia em um esquema de fraudes em certificados de vacina.
AlĂ©m disso, foi encontrada no celular de Gabriela Cid uma lista de tarefas necessĂ¡rias para sua viagem aos Estados Unido. Um dos itens era exatamente o “cartĂ£o de vacinaĂ§Ă£o”.
Assim, ao lado, ela colocou um sĂmbolo indicando que a tarefa havia sido resolvida. Isso aponta para o uso do certificado falso para entrar em territĂ³rio estadunidense.
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ProteĂ§Ă£o contra o coronavĂrus
Ainda segundo a publicaĂ§Ă£o, em um outro diĂ¡logo consultado pela PF, Gabriela Cid criticou a necessidade de utilizar mĂ¡scara de proteĂ§Ă£o contra o coronavĂrus.
Ela tambĂ©m diz em novembro, apĂ³s a eleiĂ§Ă£o do presidente Lula (PT), que o novo governo iria impor novamente as restrições da Covid-19.
A esposa do militar ainda diz que a companhia de balĂ© de sua filha havia solicitado o uso de mĂ¡scaras. “Falei que ela nĂ£o irĂ¡ de mĂ¡scara”, escreveu.
Informações falsas
AlĂ©m disso, em mensagem datada de 30 de novembro de 2022, Gabriela Cid faz um pedido a uma amiga, buscando obter um vĂdeo contendo informações falsas sobre a covid-19.
A intenĂ§Ă£o era a de compartilhĂ¡-lo com outras pessoas: “vc tem aquele documentĂ¡rio sobre a vacina? Mostrando os coĂ¡gulos sendo retirados nas autĂ³psias?”.
Em suma, as autoridades da PolĂcia Federal identificaram imagens provenientes de um grupo no WhatsApp denominado “Mulheres 2.0”, do qual Gabriela Cid era uma participante ativa.
Nesse sentido, nesse grupo, os membros, ainda nĂ£o identificados pela PF, debateram mĂ©todos para adulterar o ConecteSUS. Ou seja, o sistema do MinistĂ©rio da SaĂºde responsĂ¡vel por rastrear as doses de vacinaĂ§Ă£o administradas aos cidadĂ£os brasileiros.
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Foto: Roque de SĂ¡/AgĂªncia Senado