Projeto de Vianna quer 6 anos de prisão para roubo de celular

Deputado aponta aumento de 16% desse crime no país.

Projeto de Vianna quer 6 anos de prisão para roubo de celular

Publicado em: 15/08/2023 às 13:28 | Atualizado em: 15/08/2023 às 13:28

O deputado federal Saullo Vianna (União Brasil-AM) apresentou o projeto de lei 3.724/2023 para impedir a escalada no aumento de furtos e roubos de celulares.

Para além de aparelhos eletrônicos, hoje, os telefones celulares contém dados bancários, eletrônicos e, principalmente, dados pessoais como fotos, acesso a e-mails e aplicativos de redes sociais, de cujas informações os delinquentes se utilizam para praticar ainda mais crimes.

A nossa realidade de hoje é que a pessoa que rouba um celular, por exemplo, fica no máximo 24 horas detido. Somente em 2022, um milhão de celulares foram roubados ou furtados no Brasil – um crescimento de 16,6% em relação aos registros de 2021. E uma das maiores taxas de roubos de celulares por 100 mil habitantes é o nosso Amazonas, com 678,8, disse Vianna.

A mudança proposta inclui ao artigo 155 a pena de reclusão de 2 a 6 anos, além de multa a quem “subtrair, para si ou para outrem dispositivos eletrônicos portáteis, como computadores, tablets, celulares dentre outros, que detenham informações pessoais assim como senhas, aplicativos bancários, cartões de créditos que possam levar o subtraente a cometer outro crime”.

Soltura em 24 horas

Atualmente, a tendência dos tribunais é converter a pena prevista hoje para estes crimes – igual ou inferior a quatro anos, seja convertida para regime aberto para o condenado. Ou seja, a prática comum é soltar o preso, se ele não for reincidente, em 24 horas – mesmo que tenha agido com emprego de arma de fogo.

Os números mencionados por Vianna fazem parte do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados recentemente pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Os dados revelam que o Distrito Federal, São Paulo e o Amazonas também apresentam os maiores indicadores de furto destes aparelhos, respectivamente 537,8; 387,3; e 336,4.

Foto: divulgação