Amazonas: segurança dobrada para Lula, ameaçado de morte

Na cidade, no centro, onde o presidente fará anúncios, há um rigoroso controle de público

Ferreira Gabriel, Neuton Corrêa da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 04/08/2023 às 07:18 | Atualizado em: 04/08/2023 às 10:36

A passagem de Lula por Parintins, hoje, não será a primeira. Será a terceira.

A primeira foi em 1994, na Caravana das Águas. A segunda, em 2003, quando lançou a obra que hoje irá inaugurar, a interligação da cidade ao linhão de Tucuruí e, consequentemente, ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A visita de hoje, porém, é diferente de tudo que já se viu nos cuidados com a segurança de presidente na cidade.

Para começar, o presidente não terá recepção no aeroporto. O gesto é característico de cidades pequenas.

O aeroporto de Parintins está isolado por terra e pelo ar. O espaço aéreo ficará fechado até o presidente deixar a Ilha. Na estrada do aeroporto, só autorizados.

Na cidade, no centro, onde Lula fará anúncios, há um rigoroso controle de público.

O clima poderia ser diferente. Afinal, Lula teve 82% dos votos na cidade. A esquerda no município historicamente sempre apoiou candidatos e governos do PT.

Mas Lula está sob ameaça de morte. E a ameaça está perto de Parintins e ninguém quer pagar pra ver.

Prova disso foi a prisão, ontem, do fazendeiro paraense André Luiz Teixeira, em Santarém (PA).

Ele ameaçava atirar no presidente e até levantou informações sobre o local que Lula irá se hospedar em Santarém, para onde o presidente segue após deixar Parintins.

Em depoimento, Teixeira fez questão de mostrar a convicção do atentando. Isso porque, na PF, ele confessou ter participado e financiado atos bolsonaristas golpistas.

Confessou inclusive ter participado da invasão à sede dos Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro.

Por tudo isso, hoje será um dia atípico na história de Parintins na vinda de um presidente.

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Foto: BNC Amazonas