Municípios que mais desmatam na Amazônia têm menos desenvolvimento social
A taxa leva em consideração o desenvolvimento social de determinadas áreas com o intuito de alcançar as necessidades humanas básicas de seus cidadãos.

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 27/07/2023 às 06:56 | Atualizado em: 27/07/2023 às 06:57
Os municípios da Amazônia que registraram as maiores taxas de desmatamento nos últimos três anos tiveram os piores desempenhos sociais.
O levantamento foi feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e divulgado nesta quinta-feira (27).
De acordo com o Metrópoles, o estudo analisou os 47 indicadores de qualidade de vida de áreas como saúde, educação, segurança e moradia, do Índice de Progresso Social (IPS).
Desse modo, a taxa leva em consideração o desenvolvimento social de determinadas áreas com o intuito de alcançar as necessidades humanas básicas de seus cidadãos.
Muitas vezes, o IPS é comparado aos indicadores do Produto Interno Bruto (PIB) ou até mesmo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Contudo,, ele não utiliza a variável de renda como indicador de bem-estar das sociedades.
Dessa forma, o Índice de Progresso Social é composto por necessidades humanas básicas, alicerces do bem-estar e oportunidades.
Assim, o estudo do Imazon mostra que os 29 territórios com altas taxas no IPS, superiores a 61,8, apresentam um desmatamento médio de 20 km². Isso entre 2020 e 2022, segundo dados do Projeto Prodes, ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Ainda conforme a publicação, Eem contrapartida, os 89 municípios que tiveram as avaliações mais baixas, inferiores a 50,1, destruíram uma média de 86 km² de floresta no período analisado.
Como resultado, destaca-se a cidade de São Félix do Xingu, no sul do Pará, onde foram derrubados mais 1,7 mil km² de reserva nativa e possui um IPS de 52,56.
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Foto: Christian Braga/Greenpeace