Aras ‘mata no peito’ investigaĂ§Ă£o de emendas suspeitas de Lira

Procurador barrou investigaĂ§Ă£o de Alagoas sobre suspeitas envolvendo emendas do presidente da CĂ¢mara

Augusto Aras e Arthur Lira

Publicado em: 20/06/2023 Ă s 23:21 | Atualizado em: 20/06/2023 Ă s 23:39

O procurador-geral da RepĂºblica, Augusto Aras, barrou um inquĂ©rito civil de improbidade administrativa conduzido na primeira instĂ¢ncia do MinistĂ©rio PĂºblico Federal de Alagoas para apurar suspeitas de irregularidades envolvendo emendas parlamentares do presidente da CĂ¢mara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A reportagem Ă© de Aguirre Talento, do UOL.

Segundo o jornalista, a investigaĂ§Ă£o apurava repasses feitos, via orçamento secreto, por indicaĂ§Ă£o de Arthur Lira para a estatal Codevasf com o objetivo de asfaltar Ă¡reas prĂ³ximas a duas fazendas do deputado em Alagoas.

O caso envolvendo as fazendas de Arthur Lira foi revelado no fim do ano passado pelo jornal “Folha de S.Paulo”.

ApĂ³s uma representaĂ§Ă£o de parlamentares do PSOL, o procurador Manoel Antonio Gonçalves da Silva, lotado em Arapiraca (AL), abriu um inquĂ©rito civil de improbidade administrativa para apurar o fato.

Por se tratar de uma investigaĂ§Ă£o no Ă¢mbito civil, nĂ£o existe a previsĂ£o legal de foro privilegiado neste caso.

O procurador deu inĂ­cio a diligĂªncias, pediu que o Tribunal de Contas da UniĂ£o (TCU) fornecesse informações sobre fiscalizações envolvendo obras da Codevasf em Alagoas e determinou o compartilhamento com a Procuradoria Eleitoral para a anĂ¡lise de eventuais ilĂ­citos eleitorais.

Aras tambĂ©m determinou que a parte criminal da investigaĂ§Ă£o fosse enviada para a Procuradoria-Geral da RepĂºblica (PGR), justamente por causa da existĂªncia do foro privilegiado no Ă¢mbito penal.

No entanto, ele decidiu avocar a investigaĂ§Ă£o de improbidade administrativa para o seu gabinete e tirĂ¡-la da primeira instĂ¢ncia.

Sua decisĂ£o foi proferida de forma sigilosa na semana passada, conforme a publicaĂ§Ă£o. Com isso, o caso sai das mĂ£os do procurador de primeira instĂ¢ncia e passa a tramitar na PGR, no ritmo determinado pelo prĂ³prio Aras.

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Foto: Rep/Leonardo Prado/MPF