Deputada bolsonarista do Amapá cometeu crime, diz PF ao STF
Os investigadores também relataram que há poucos materiais relacionados ao tema em suas redes sociais, o que indica a possibilidade de que a parlamentar tenha removido algum material comprometedor.

Publicado em: 24/03/2023 às 16:53 | Atualizado em: 24/03/2023 às 16:53
A Polícia Federal informou, nesta sexta-feira (24/3), ao Supremo Tribunal Federal (STF)que a deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) teria cometido crime ao incentivar os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.
De acordo com relatório enviado à Corte, a PF concluiu que a parlamentar praticou “crime de opinião”, mas ressaltou que cabe ao Ministério Público Federal (MPF) enquadrar sua conduta como um dos crimes contra a paz pública previstos no Código Penal.
Os investigadores destacaram ainda que as declarações da deputada foram feitas antes dela estar protegida pela imunidade parlamentar que garante liberdade de expressão para opiniões, palavras e votos.
No dia 8 de janeiro, data dos ataques violentos às sedes dos Três Poderes, Waiãpi divulgou vídeos e endossou as condutas com o seguinte comentário: “Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho”.
A deputada reconheceu ter feito a postagem, mas negou ter participado da manifestação e ter pronunciado as frases que foram ditas no vídeo, apresentando documentos que indicam que estava na Cidade do Rio de Janeiro no dia 8 de janeiro.
Leia mais
Moraes rejeita pedido para suspender posse de bolsonaristas
No entanto, a PF afirmou que a legenda inserida por Waiãpi na publicação, “Povo toma a Esplanada dos Ministério nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho”, evidencia seu apoio e aprovação à ação criminosa.
Os investigadores também relataram que há poucos materiais relacionados ao tema em suas redes sociais, o que indica a possibilidade de que a parlamentar tenha removido algum material comprometedor.
Leia mais na matéria de Fernanda Vivas e Márcio Falcão, TV Globo, publicada no portal g1.
Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados