Pará: governador quer virar commodity o que restou da floresta
"Iniciaremos, a partir do dia 15 de fevereiro, uma ampla operação de combate ao desmatamento", disse o governador.

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 14/02/2023 às 15:36 | Atualizado em: 14/02/2023 às 15:36
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB) disse que seu Estado tem feito provocação para o mercado de créditos de carbono e, principalmente, transformar a floresta em pé numa nova commodity.
Nesse sentido, Barbalho destaca como ações a política de mudanças climáticas, assistência técnica rural para mudar a lógica da extensividade do uso da terra para intensividade.
Ou seja, melhorando o manejo, mostrando que é possível produzir sem derrubar uma árvore sequer.
Assim como, política de bioeconomia, estimulando novas atividades.
É o que a Revista Fórum apresenta em trechos de entrevista que o governador deu ao Fórum Onze e Meia aos jornalistas Dri Delorenzo, Luiz Carlos Azenha e Renato Rovai.
Ele revelou o que 75% do território do Pará são de jurisdição da União.
A nossa intenção é, compreendendo a gravidade e a emergência ambiental que nós estamos vivendo, construir condições, seja sob o aspecto político-administrativo, para que o estado possa ser capaz de atuar com maior desenvoltura, celeridade, agilidade nos territórios do estado. Nós temos apenas 25% do território paraense que é de jurisdição do estado; 75% são de jurisdição da União. Quer dizer que neste território da União apenas podem atuar órgãos de fiscalização e ambientais do governo federal, através de unidades de conservação federais, de áreas indígenas e outras denominações.
Segundo o governador, de 2021 a 2022, o Pará conseguiu reduzir em 21% o número de emissões. Isso significa menos 6 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.
“Mais do que isso, nós conseguimos reverter a curva. Estávamos num processo continuado de 2018 para 2019. De 2019 para 2020 conseguimos iniciar um processo de contenção e, de 2021 para 2022, já começa a haver um processo de declínio”, disse.
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Desmatamento
Ele reconhece que apesar de todas essas iniciativas, se diagnostica que o Pará tem 15 municípios que ainda representam mais de 70% de tudo o que o estado, hoje, protagoniza de desmatamento e, também, de queimadas.
A partir daí decretamos a emergência ambiental nessas 15 cidades e iniciaremos, a partir do dia 15 de fevereiro, uma ampla operação de combate ao desmatamento, através da integração do sistema de meio ambiente, através da força estadual de combate ao desmatamento, instituição criada no nosso governo, mas agora não mais olhando apenas sob a ótica ambiental, mas agindo de maneira que os agentes ambientais, Polícia Civil, bombeiros possam combater as ilegalidades.
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Foto: José Cruz/Agência Brasil