Para Meirelles, reforma enxuta da Previdência não resolve problemas

Publicado em: 03/11/2017 às 15:50 | Atualizado em: 03/11/2017 às 15:50
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira (3), em entrevista à Rádio Gaúcha que a aprovação da reforma da Previdência deve ser “completa” para que o tema não precise voltar à pauta do Congresso nos próximos anos.
Meirelles defendeu o texto aprovado na comissão especial da Câmara que debateu a reforma, cujo teor se assemelha ao projeto original enviado pelo governo ao Congresso.
No entanto, a expectativa entre líderes partidários na Câmara e no Senado é que, por se tratar de um tema delicado às vésperas de ano eleitoral, haverá dificuldades em aprovar a reforma como quer o governo.
Além disso, o presidente Michel Temer precisa reunificar a base aliada para conseguir a quantidade necessária de votos.
No meio político se discute a alternativa de votar apenas alguns pontos do texto.
Principais pontos
Para Meirelles, uma reforma enxuta levará à necessidade de voltar a discutir a Previdência em breve.
“A reforma agora precisa ser completa e suficiente para que o assunto não precise voltar mais tarde para o Congresso”, disse.
O ministro ressaltou que em outros países, e citou o sul da Europa, não só foi necessária uma reforma da Previdência como os governos precisaram cortar o valor dos benefícios recebidos pela população.
Ele disse que, para o Brasil evitar situação semelhante, a reforma é “fundamental”.
Durante a entrevista, o ministro também rebateu argumentações de que não há um déficit na Previdência.
Segundo Meirelles, alguns desses cálculos não levam em consideração todas as despesas e, por isso, chegam a conclusões diferentes.
Impostos
Ao ser questionado se haveria aumento de impostos até 2018, o ministro disse que não há nenhum projeto nesse sentido nem aumentando alíquotas de forma generalizada, mas sim medidas que dão isonomia a cobranças que hoje são feitas de forma desigual.
Fonte: G1
Foto: Reprodução/Gaúcha ZH