Mania de incendiar prédio público em Humaitá faz MPF denunciar 11

Publicado em: 31/10/2017 às 07:06 | Atualizado em: 01/11/2017 às 16:39

No Natal de 2013, assim como ocorrido na semana passada, um grupo de moradores do município de Humaitá saiu a incendiar prédios públicos e 14 veículos oficiais da cidade ligados à questão indígena.

O motivo foi a suspensão pelas autoridades das buscas por três pessoas desaparecidas na região, cujos corpos foram encontrados dias depois. Eles foram assassinados por índios tenharim.

Ontem, quatro anos depois, o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) denunciou 11 pessoas pela destruição da sede da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Casa de Saúde Indígena (Casai).

São eles Luiz Gonzaga Lopes Barroso Neto, Rai de Carvalho Rocha, Ailton Filho Santos do Nascimento, Edvan Rodrigues Lima, Railan de Oliveira Pacheco, Eduardo Aquino de Lima, Carlos Meneguim Cardoso, Inácio Marques da Silva, Jesus Ferraz Ribeiro, Jergi Adriano de Souza Rosas e Juscelino Pereira Pirez.

A pena prevista para o crime é de três anos de prisão e multa.

O MPF usou imagens da imprensa para identificar os acusados, que foram instigados por Jesus Ribeiro.

 

Relembre o caso

Desapareceram no dia 16 de dezembro de 2013 o vendedor Luciano Freire, o professor Stef Pinheiro de Souza e o funcionário da Amazonas Energia Aldeney Salvador.

Nesse dia mesmo eles foram assassinados na reserva dos tenharim, dentro de um veículo, e tiveram seus corpos ocultados. Foram achados só em 3 de fevereiro de 2014.

Os índios teriam se vingado da morte de um cacique e definiram o crime em ritual de pajelança.

 

Foto: Reprodução/portal Amazonas Atual