Após o voto, ianomâmis sofrem sem ter como voltar à aldeia no Amazonas
Segundo entidade, cerca de 400 indígenas estão alocados de maneira precária em Barcelos, sem acesso à alimentação e segurança

Publicado em: 20/10/2022 às 21:00 | Atualizado em: 20/10/2022 às 21:06
Mais de 400 indígenas do povo ianomami, que se deslocaram à sede de Barcelos (a 400 quilômetros de Manaus) para votar no primeiro turno das eleições gerais deste ano, estão sem combustível para retornar para suas aldeias, desde então.
Na terça-feira (18), a Associação Serviço e Cooperação com Povo Yanomami (Secoya) denunciou o caso ao Ministério Público Federal (MPF).
De acordo com G1, os indígenas, entre mulheres e crianças, utilizaram combustível por conta própria para irem à cidade participar da votação. Entretanto, eles esperavam receber o apoio de órgãos públicos, especialmente da prefeitura, para retornarem à região onde moram, o que ainda não aconteceu.
“Até o atual momento, cerca de 400 Yanomami estão alocados de maneira precária no município, sem acesso à alimentação, segurança e assistência de qualquer esfera por parte das autoridades municipais e estaduais, além de não terem recebido até o momento qualquer resposta quanto à previsão para a chegada das providências necessárias para o retorno”, diz ofício da Secoya enviado ao MPF.
Ainda de acordo com a entidade, as aldeias do grupo de indígenas estão localizadas na região dos rios Demeni, Padauiri e Aracá. O tempo de viagem para a comunidade mais próxima dura mais de dois dias.
Contudo, há indígenas que precisaram enfrentar mais de cinco dias de viagem para voltarem para casa de rabeta.
Segundo o site, órgãos públicos foram questionados sobre a situação, incluindo o TRE-AM.
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Foto: Reprodução