Por ameaçar demitir se Lula vencer, empresa pode levar pesada multa

Exemplo de assédio eleitoral contra o trabalhador que explode no país

Lula pede que TSE garanta proteĂ§Ă£o Ă  vida dos candidatos

Publicado em: 19/10/2022 Ă s 18:36 | Atualizado em: 19/10/2022 Ă s 19:41

Uma mineradora de Soledade foi a quarta empresa do Rio Grande do Sul a firmar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) nesta terça-feira (18) com o MinistĂ©rio PĂºblico do Trabalho do estado por denĂºncia de assĂ©dio eleitoral.

Os casos de assédio eleitoral dispararam desde o início do segundo turno das eleições de 2022.

Enquanto no primeiro turno havia cinco denĂºncias no estado, no segundo turno jĂ¡ foram contabilizadas 51, segundo o Ă³rgĂ£o.

No paĂ­s, os relatos dispararam de 52 para 364 (um aumento de sete vezes), segundo levantamento feito nesta terça pelo Ă³rgĂ£o.

A mineradora Brazil Original Minerais firmou acordo apĂ³s ter divulgado um comunicado a fornecedores e prestadores de serviços avaliando o cenĂ¡rio eleitoral com “imensa tristeza” e prevendo reduĂ§Ă£o de produĂ§Ă£o e suspensĂ£o de investimentos caso fosse mantido o resultado do primeiro turno.

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A empresa tambĂ©m pedia apoio a “todas as pessoas de bem”, no pleito, a quem defende “pĂ¡tria sem corrupĂ§Ă£o”, “propriedade privada”, “Deus e famĂ­lia”, temas associados Ă  campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Conforme o acordo firmado nesta terça, a empresa tem 24 horas para distribuir e afixar em quadros de avisos de suas unidades um comunicado de que a livre escolha no processo eleitoral Ă© um direito assegurado e que Ă© ilegal realizar campanha prĂ³ ou contra candidatos no ambiente profissional.

A empresa tambĂ©m deverĂ¡ realizar reuniões com seus trabalhadores para esclarecer esses pontos e informĂ¡-los de que o voto Ă© livre e secreto.

A mineradora deve se comprometer a nĂ£o tomar nenhuma medida retaliatĂ³ria caso os funcionĂ¡rios façam escolhas eleitorais diferentes do proprietĂ¡rio.

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Foto: Ricardo Stuckert/PT