TSE mantém comando do Pros com simpatizante de Lula

EurĂ­pedes JĂºnior tem revezado na Justiça o comando do Pros com Marcus Holanda, que prefere a candidatura prĂ³pria, com o coach Pablo Marçal — jĂ¡ registrado junto ao TSE

Publicado em: 11/08/2022 Ă s 10:45 | Atualizado em: 11/08/2022 Ă s 10:59

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu, nesta quarta-feira (10), em sessĂ£o extraordinĂ¡ria virtual, manter o nome de EurĂ­pedes JĂºnior, que endossa uma aliança com Luiz InĂ¡cio Lula da Silva (PT), na presidĂªncia do Pros em meio a uma disputa judicial cheia de reviravoltas pelo comando do partido. Na Ăºltima semana, o ministro e relator do caso Ricardo Lewandowski concedeu uma liminar para EurĂ­pedes voltar Ă  chefia da sigla.

EurĂ­pedes JĂºnior tem revezado na Justiça o comando do Pros com Marcus Holanda, que prefere a candidatura prĂ³pria, com o coach Pablo Marçal — jĂ¡ registrado junto ao TSE.

Marçal, por sua vez, diz que sairĂ¡ candidato com um ou com outro no comando. O prazo para registro de candidaturas terminou na Ăºltima sexta-feira (5).

A Corte Eleitoral decidiu manter o nome de Eurípedes na chefia do Pros por 4 votos a 3. Acompanharam Lewandowski, que votou a favor do nome de Eurípedes, os ministros Alexandre de Moraes, Benedito Gonçalves e Mauro Campbell Marques. Discordaram do relator os ministros Luiz Edson Fachin, Carlos Horbach e Sergio Silveira Banhos.

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Na decisĂ£o divulgada na Ăºltima semana, com base em jurisprudĂªncia do TSE, Lewandowski apontou que o tribunal tem poder para decidir sobre assuntos internos dos partidos. Na decisĂ£o, o relator falou sobre “o quadro de instabilidade e insegurança jurĂ­dica que se cria no cenĂ¡rio das eleições gerais” apĂ³s as trocas de comando no Pros.

Mudanças

O partido, que apoiou o PT nas duas Ăºltimas eleições nacionais com Dilma Rousseff (2014) e Haddad (2018), lançou o coach, empresĂ¡rio e influencer Pablo Marçal em convenĂ§Ă£o no fim de julho, em BrasĂ­lia. Foi a primeira vez que o partido decidiu disputar o cargo e a primeira vez que Marçal entrou em uma eleiĂ§Ă£o.

O problema Ă© que o partido passa por uma longa disputa judicial que inclui a permanĂªncia de EurĂ­pedes na presidĂªncia. Fundador da sigla em 2010, ele foi removido do cargo por meio de decisĂ£o do TJ-DF (Tribunal de Justiça do Distrito Federal) em março, e substituĂ­do por Holanda.

Depois de cinco meses afastado, ele retomou o direito de dirigir o Pros tambĂ©m no dia 31 de julho, por meio de decisĂ£o do ministro Jorge Mussi, vice-presidente do STJ (Supremo Tribunal de Justiça).

Junto Ă  nova Executiva Nacional, declarou apoio oficial ao PT em reuniĂ£o com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa de Lula, e a coordenaĂ§Ă£o de campanha.

Logo depois, Holanda reassumiu o controle do partido, tambĂ©m por decisĂ£o do STJ, no Ăºltimo dia 3. Marçal fez uma live no YouTube dizendo que nĂ£o renunciaria e que teria direito Ă  candidatura, independentemente de quem for o presidente, porque sua escolha foi referendada pela convenĂ§Ă£o partidĂ¡ria.

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Foto: arquivo pessoal