Wilson Lima, sobre ataques de adversários: ‘Minha resposta é o trabalho’

O governador do Amazonas disse que sofre ataques de caciques políticos desde o governo de transição

Gabriel Ferreira, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 08/08/2022 às 10:17 | Atualizado em: 08/08/2022 às 15:07

O governador Wilson Lima (UB) reagiu aos ataques sofridos por adversários durante debate da TV Band Amazonas na noite de domingo (7).

Em entrevista nesta segunda-feira (8), no programa Manhã de Notícias da Rede Tiradentes, o governador disse que enfrenta problemas de ataque desde a transição do governo no final de 2018, ano que foi eleito.

Lima disse que não pode participar do primeiro debate à governador do Amazonas de 2022, por estar vistoriando as instalações dos leitos de UTI em Tabatinga.

“Me disseram o seguinte: olha governador, quando o senhor assumir, o senhor vai ter três meses de lua de mel. Eu comecei ser atacado durante a transição (do governo), porque os caras não aceitavam o que aconteceu, o resultado da urnas de 2018”, declarou.

Problemas na pandemia

Sobre os casos enfrentados na Justiça como a compra dos respiradores em Loja de Vinho, durante a primeira onda da pandemia da Covid-19 no Amazonas, Lima disse que não há indício de ter se beneficiado.

Em relação, a crise de oxigênio no pico da segunda onda da doença no estado, Wilson Lima disse que houve três momentos difíceis.

“Nós estávamos lutando contra um inimigo que a gente não conhecia. Não foi só o Amazonas que enfrentou o problema do desabastecimento de insumos como o oxigênio. Miami (EUA) teve problema, o Equador teve problema, Peru, na Europa tiveram problema, Espanha por exemplo. Enfim era algo que a gente não esperava. Nós temos aqui um problema muito complicado de logística. Aqui só se chega de avião ou de barco. Aqui no Amazonas surgiu a variante mais mortal da Covid-19, e o que é mais grave, eu herdei uma herança na área de saúde, de um sistema sucateado”, resumiu.

Wilson Lima lembrou que o abastecimento na central medicamentos em seu governo saltou de 2% para acima de 80%, e que não havia nenhuma UTI no interior do estado quando assumiu.

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Reação a ataques com trabalho

Perguntado na entrevista como seria reação aos ataques nos próximos debates, Lima disse estar “muito preparado e a minha resposta não é o ataque, não é perseguir ninguém, a minha resposta é o trabalho”.

“É só fazer a comparação do que eles entregaram, e do que eu consegui entregar. Mesmo diante de pandemia, mesmo diante a da maior enchente de todos os tempos, nós entregamos aqui a AM-070. Quatro governadores por lá. Mesmo diante de tanta dificuldade e de tantos desafios, nós estamos ampliando nosso prato cheio. Antes eram sete restaurantes populares, agora são 34, e até o final do ano nós vamos inaugurar mais 10. Ninguém se preocupou colocar alta complexidade no interior”, respondeu.

O modus operandi de construção de carreira política de caciques políticos através de ataques no pleito deste ano, foi explicado por Wilson.

“Eles não fazem a construção da carreira política, mostrando o que eles fizeram. Eles fazem tentando descontruir a história daqueles que querem trabalhar”, explicou.

De acordo com o governador, ele só teve a oportunidade de trabalhar no governo do estado depois da pandemia. “Eu estou a 1 ano e meio governando o estado do Amazonas e entregando obras . Os outros dois anos foi administrando crise”, disse.

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Um novo Wilson Lima

O governador do Amazonas comentou sobre a diferença entre a época de candidato em 2018 ao de chefe do executivo estadual em busca do segundo mandato. De acordo com ele, houve muitos aprendizados, sobre governança e confiança em aliados.

“A gente evolui muito. Eu fui eleito governador com uma votação histórica. Num contexto em que a população queria fechar a aquela história e queria iniciar uma nova história. Muitas das coisas, eu aprendi na marra, aprendi na porrada. Criei casca na porrada. Nenhum governador crise que eu enfrentei. Eu não era da política, eu não tinha nenhum grupo político. E algumas das coisas que eu aprendi, que eram importantes, foi em que eu não posso confiar em todo mundo”, declarou.

Conforme Lima, “este é um governo que entra pra história, pois é o governo que mais fez o bem pro povo do estado do Amazonas”.

Prioridades do segundo mandato

Para o segundo mandato, caso seja reeleito, Wilson Lima disse que pretende colocar um restaurante popular em todos os municípios do Amazonas.

Para ele, uma das prioridades é “combater a pobreza e a fome. A fome é o principal sintoma da pobreza. E principalmente depois da pandemia, isso ficou muito agravado”.

A geração de emprego e renda também será outro ponto forte do plano de governo de Lima, com as realização das obras do estado, e o fortalecimento da Zona Franca de Manaus (ZFM).

Novas matrizes econômicas também serão fomentadas para desenvolvimento econômico do estado, como por exemplo a exploração do gás.

Segurança Pública

O governador Wilson Lima disse que 90% dos crimes no Amazonas tem ligação com tráfico de drogas. Para combate, recordou ações feitas para diminuir esse problema no estado.

“Nós montamos a base Arpão ali no Médio Solimões. Colocamos ali cinco lanchas blindadas. Aqui na capital nós colocamos o Paredão, que é um sistema inteligente de monitoramento, são mais de 500 câmeras espalhadas pela cidade. Nenhum carro hoje envolvido com o crime, informado pra Polícia, movimenta sem que a gente tenha informação”, disse.

Interior estava abandonado

Wilson Lima disse que “nenhum governador visitou tanto o interior como eu”. De acordo com ele, o interior estava por muito tempo abandonado.

No entanto, o governador aponta uma nova realidade em sua gestão, pois segundo ele, “qualquer lugar que você vá no interior hoje, tem obra do governo do estado”.

Foto: Reprodução/ Vídeo