Com nova construtora, governo retoma obra da AM-10
Conforme o governo, o final do período chuvoso no estado é que permite a realização dos serviços

Publicado em: 22/06/2022 às 14:25 | Atualizado em: 22/06/2022 às 14:48
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), anunciou a retomada das obras de pavimentação e modernização da rodovia AM-10 a partir de hoje, dia 22 de junho.
Conforme o governo, o final do período chuvoso no estado é que permite a realização dos serviços.
Essa retomada marca também a contratação de nova construtora para substituir o consórcio de empresas que iniciou o serviço em 2021.
Segundo a agência de comunicação de Lima, o contrato foi rescindido de forma amigável. E o motivo da troca foi lentidão nas obras.
“A gente está trabalhando na base e sub-base. É por isso que a gente tem que tirar esse asfalto que estava aqui antes. Há 40 anos não havia nenhuma intervenção. O asfalto que estava aqui era uma vergonha. O que a gente vai colocar aqui não pode ter menos de cinco centímetros”, disse o governador.
De acordo com ele, a meta é entregar 100 dos 260 quilômetros da estrada entre Manaus e Itacoatiara totalmente prontos.
Para isso, a empreiteira vai empregar quatro frentes de pavimentação, além de tapa-buraco, limpeza de dispositivos de drenagem, roçagem e limpeza lateral.
O projeto de modernização da AM-10 é de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura e Região Metropolitana de Manaus (Seinfra) e prevê intervenção em toda a rodovia.
Ele compreende o trecho que vai do Km 13 ao Km 263 e inclui terraplanagem, pavimentação, drenagem e sinalização. O investimento total planejado é de R$ 366 milhões.
“Até 20 de julho teremos dez frentes de trabalho para executar as obras. É mais do que uma expectativa, é um planejamento que a gente tem para essa região”, diase Carlos Henrique Lima, titular da Seinfra.
Antes da rescisão contratual, a obra estava sendo tocada pelo Consórcio AM, que venceu o processo licitatório. Formado pelas empresas Pomar Construções; Compasso Construções; Iza Construções; Ecoagro Comércio e Serviços e Best Construções, o grupo cumpria, entre outros, o requisito de capacidade técnica e econômica para execução de uma obra dessa complexidade.
Os trabalhos do consórcio na rodovia começaram em julho de 2021, mas tiveram de ser interrompidos em dezembro por conta das chuvas.
Antes da parada, as máquinas avançaram em três trechos equivalentes a 33,4 quilômetros de extensão não linear da estrada.
Conforme a Seinfra, em cinco meses, o consórcio executou obras nos trechos que vão do Km 13 ao Km 32; do Km 225 ao Km 228; e do Km 254 ao Km 263,40.
Em maio deste ano, o Governo do Estado determinou a volta dos trabalhos de recuperação da rodovia, já que as chuvas começaram a cessar.
O grupo de construtoras, contudo, não conseguiu dar ritmo adequado.
Cobrado pela Seinfra, o consórcio apresentou diversas alegações, entre as quais, a de que o projeto era de grande complexidade e que a rodovia recebia fluxo intenso de veículos pesados, como caminhões e carretas. Por isso, pediram a rescisão amigável.
A partir disso, análises técnica e jurídica realizadas pela Seinfra e Procuradoria-Geral do Estado (PGE) concluíram que, neste momento, a rescisão causaria menos prejuízos sociais à população, diante da possibilidade jurídica de convocar a segunda colocada no certame, a construtora Etam.
Novo contrato
A mudança de construtora foi sob novo contrato, no valor de R$ 343,9 milhões.
Os três trechos executados pelo consórcio de empresas até foram descontados do valor inicial do projeto, segundo o governo.
Conforme informou, com a nova construtora os trabalhos foram iniciados com o levantamento em campo, mobilização de equipamentos e mão de obra para serviços mais urgentes.
Metas de trabalho
O Governo do Estado estabeleceu como meta a conclusão dos trabalhos de pavimentação em 100 quilômetros da rodovia, em três trechos distintos.
O plano de trabalho apresentado pela Seinfra prevê intervenções do Km 117 ao Km 167; do Km 187 ao Km 224; e do Km 243 ao Km 253.
Para alcançar esses números, o governador determinou a mobilização de cinco frentes de pavimentação.
Em cada trecho, haverá disposição de duas equipes trabalhando, no sentido Manaus–Itacoatiara e a outra em sentido contrário. A medida deve conferir maior celeridade aos serviços.
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Foto: Diego Peres/Secom