Apesar de não reverter o favoritismo de Lula, Bolsonaro não está ‘morto’

Segundo cientista político, dois fatores puxam a melhora do presidente: o uso da máquina pública e a falta de alternativas fortes para bater de frente com Lula

PDT, PSDB e Cidadania definem apoio no 2º turno para presidente

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 06/03/2022 às 11:01 | Atualizado em: 06/03/2022 às 11:01

As últimas pesquisas eleitorais mostram que o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não está ‘morto’ na disputa pela reeleição. Conforme reportagem de hoje (6) do portal Ig.

Segundo o levantamento PoderData divulgado na quarta-feira (2), 8 pontos percentuais o separam de Lula na simulação de 1º turno.

Em um eventual segundo turno, Lula aparece com 54% ante 37% do atual chefe do Executivo. Há um mês, essa diferença era de 54% a 32%.

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Indicadores

Dessa forma, os indicadores de Bolsonaro cresceram entre os mais velhos, na região Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste.

Houve, também, alta entre os eleitores com ensino fundamental, os que completaram o ensino médio e os com diploma universitário.

Por exemplo, entre as mulheres, o índice do presidente saiu de 22% para 28%. O que explica essa melhora repentina?

Apesar de não reverter o favoritismo de Lula (PT), a tendência de alta de Bolsonaro mostra que ainda há jogo.

Então, o presidente, no último ano de mandato, lançou mão fortemente da máquina pública, utilizando, entre outras medidas, do Auxílio Brasil e da distribuição de emendas parlamentares como ‘puxadores’ de voto.

Lula, por sua vez, estacionou nos 40%, enquanto a chamada terceira via fracassa em ultrapassar a casa dos 10%.

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Fatores

Em suma, segundo Leandro Consentino, cientista político e professor do Insper, a melhora na aprovação de Bolsonaro é puxada por dois fatores: o uso da máquina pública e a falta de alternativas fortes o suficiente para bater de frente com Lula.

“Ele está apostando um pouco mais na máquina para fins reeleitorais. Tanto a anabolização das emendas parlamentares quanto a criação do Auxílio Brasil tiveram um efeito importante para a avaliação de Bolsonaro”, avalia.

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Foto: Divulgação