Moro critica nota do PT sobre Ucrânia; partido alega equívoco  

A crise entre Rússia e Ucrânia acabou movimentando também a troca de farpas eleitorais nas redes sociais, e PT apaga nota

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Publicado em: 24/02/2022 às 19:25 | Atualizado em: 24/02/2022 às 19:27

O ex-juiz Sérgio Moro, candidato do Podemos à Presidência da República, criticou, nesta quinta-feira (24), os petistas por causa de uma nota divulgada pelo partido em relação aos ataques da Rússia sobre a Ucrânia.

A crise entre os dois países acabou movimentando também a troca de farpas eleitorais nas redes sociais, conforme o portal Metrópoles.

Moro apontou o caráter “ideológico” do posicionamento, que chegou a ser divulgado no perfil da liderança do PT no Senado, mas foi apagado em seguida. 

O tempo que ficou no ar, cerca de uma hora, foi suficiente para que o ex-juiz reproduzisse a mensagem, com críticas. “Mais uma vez, é a ideologia prevalecendo sobre a realidade”, postou Moro junto do vídeo de uma entrevista à Turma do Ratinho, da Rádio Massa FM.

“Acho que essa nota do PT é desastrosa. É um absurdo que você coloque a ideologia na frente das relações internacionais. O que a gente tem é que deixar muito claro o repúdio à guerra, que só traz sofrimento para as pessoas”, disse Moro na entrevista.

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‘Política belicosa’ 

A nota também chegou a ser compartilhada por mais de 200 pessoas e curtida por mais de 400 seguidores da página. 

O conteúdo condenava a “belicosa” política norte-americana de “agressão à Rússia” e de “contínua expansão da Otan” sobre as fronteiras russas e foi postado pouco depois do meio-dia desta quinta-feira (24).  

A mensagem continha a seguinte inscrição: “O PT no Senado condena a política de longo prazo nos EUA de agressão à Rússia e de contínua expansão da Otan em direção às fronteiras russas. Trata-se de política belicosa, que nunca se justificou, dentro dos princípios que regem o Direito Internacional Público”.

Por meio da assessoria, a liderança do PT informou ao Metrópoles que a divulgação da nota foi um equívoco por parte dos assessores e que o conteúdo não havia passado pelo crivo dos senadores do partido. Por esse motivo, segundo a assessoria, a nota foi retirada do ar. 

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Foto: Saulo Rolim/Podemos