Vendedora de mercado de animais foi o primeiro caso de Covid em Wuhan

A conclusão é de um estudo de um virologista americano que foi publicado na revista científica Science

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Publicado em: 19/11/2021 às 10:02 | Atualizado em: 19/11/2021 às 10:03

O primeiro caso de Covid-19 identificado na cidade chinesa de Wuhan foi, na realidade, o de uma vendedora que trabalhava em um mercado de animais da cidade, e não de um homem que nunca havia estado no local, como foi demonstrado em um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Essas são as conclusões da pesquisa publicada pelo virologista americano Michael Worobey, nesta quinta-feira (18), e publicadas em um estudo na revista científica Science.

De acordo com o cientista, os dados, associados à análise dos primeiros casos de Covid-19 na cidade, mostram que a origem do vírus é provavelmente animal.

Desde o início da pandemia, especialistas debatem o surgimento do SAR-CoV-2, na ausência de evidências definitivas.

Worobey também pertencia a um grupo de 15 especialistas que publicou um artigo na revista Science, em meados de maio, pedindo à comunidade científica que verificasse a hipótese de um vazamento de um laboratório na cidade chinesa, onde teve início a epidemia.

Segundo o virologista, sua pesquisa “fornece fortes evidências a favor da origem da pandemia a partir de um animal vivo” nesse mercado.

De acordo com ele, as autoridades sanitárias alertaram sobre casos de uma doença suspeita vinculada ao local a partir de 30 de dezembro de 2019, o que levou à identificação de mais infecções no mercado do que em outros locais.

Para analisar a veracidade da informação, Worobey analisou as notificações feitas por dois hospitais antes do alerta ser feito. Porém, esses casos também estão intimamente relacionados ao mercado e suas redondezas.

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