PCC cresce na regiĂ£o Norte e deixa forças de segurança em alerta

O estado de Roraima Ă© considerado importante rota do trĂ¡fico de drogas procedentes da Venezuela e da Guiana

OperaĂ§Ă£o Sharks mira membros do PCC no Brasil e exterior

Publicado em: 02/11/2021 Ă s 10:41 | Atualizado em: 02/11/2021 Ă s 10:41

A facĂ§Ă£o criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) tem crescido cada vez mais em Roraima, regiĂ£o norte do Brasil.

O reflexo disso Ă© uma denĂºncia do MinistĂ©rio PĂºblico Estadual oferecida Ă  Justiça em outubro deste ano contra 25 integrantes do PCC no estado.

Roraima Ă© considerado importante rota do trĂ¡fico de drogas procedentes da Venezuela e da Guiana.

É justamente por esse motivo que o PCC tem interesse em se fortalecer no local e hĂ¡ oito anos tenta impor sua hegemonia naquele territĂ³rio.

A expansĂ£o do PCC em Roraima preocupa as autoridades locais. As forças de segurança deflagraram vĂ¡rias operações policiais na tentativa de desarticular a organizaĂ§Ă£o criminosa dentro e fora das prisões estaduais. Mas segundo o MP, o grupo sempre consegue se reestruturar.

O promotor de Justiça Carlos Alberto Melotto observa na denĂºncia que, apesar do intenso combate Ă  facĂ§Ă£o criminosa, o PCC age como um “verdadeiro regime de franquia” e substitui os integrantes presos recrutando novos membros nas ruas.

Na denĂºncia de 145 pĂ¡ginas Melotto descreve que a atuaĂ§Ă£o do PCC em Roraima começou em 2013 no sistema prisional.

Os detentos formaram uma associaĂ§Ă£o com o PCM (Primeiro Comando da Maioria), composto pelos presidiĂ¡rios mais antigos.

No inĂ­cio, a facĂ§Ă£o atuava exclusivamente dentro dos presĂ­dios do estado. PorĂ©m, os presos do PCM passaram a implantar a ideologia do PCC em Roraima e as sementes da facĂ§Ă£o paulista se espalharam tambĂ©m para as ruas.

No ano seguinte as forças de segurança começaram a deflagrar vĂ¡rias operações. Em 2014 foram presos 91 integrantes do PCC no estado. Ao menos 15 foram transferidos para presĂ­dios federais. De novembro de 2018 atĂ© agosto de 2020 ocorreram mais cinco operações, com 119 prisões.

Leia mais na coluna de Josmar Marinho no UOL

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Foto: ReproduĂ§Ă£o/Folha