Assassino de miss no Amazonas pega 14 anos de prisĂ£o e diz por que matou
Rafael Rodrigues vai cumprir pena em regime fechado

Publicado em: 28/10/2021 Ă s 17:24 | Atualizado em: 28/10/2021 Ă s 17:24
Acusado da morte de Kimberly Karen Mota de Oliveira, Rafael Fernandez Rodrigues foi condenado a 14 anos de prisĂ£o em regime fechado.
Julgamento popular que começou na manhĂ£ de ontem sĂ³ foi concluĂdo hoje (28) Ă tarde.
Rafael Rodrigues, orientado pela defesa, nĂ£o respondeu Ă s perguntas das duas promotoras de Justiça, limitando-se a responder Ă s perguntas da magistrada presidente e do advogado de defesa.
Ele disse que nĂ£o matou Kimberly por ciĂºme, mas porque ela teria lhe mentido.
“Ela mentiu olhando nos meus olhos sobre algo que eu jĂ¡ sabia”, afirmou.
Disse tambĂ©m que viu mensagens de outros homens no celular da vĂtima.
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DenĂºnciaÂ
O MinistĂ©rio PĂºblico do Estado do Amazonas (MPE/AM) ofereceu denĂºncia contra Rafael Fernandez Rodrigues como incurso nas penas do art. 121, parĂ¡grafo 2.º, incisos I (motivo torpe), IV (recurso que tornou impossĂvel a defesa da ofendida) e VI (feminicĂdio), do CĂ³digo Penal.
De acordo com o inquĂ©rito policial que deu origem Ă denĂºncia formulada pelo MP-AM, Rafael e a vĂtima, que tinha 22 anos, mantiveram um relacionamento amoroso.
E, no dia dos fatos, 11 de maio de 2020, encontravam-se no apartamento do acusado, Ă avenida Joaquim Nabuco, no centro de Manaus.
ApĂ³s supostamente ver notificações de mensagens de homens no celular da jovem, Rafael a teria questionado, quando ela disse que nĂ£o tinha intenĂ§Ă£o de reatar o relacionamento com ele.
Ainda conforme a denĂºncia, apĂ³s essa conversa, o acusado foi Ă cozinha e escondeu uma faca na cintura.
Depois, teria atacado Kimberly no quarto do apartamento.
Ainda segundo o MP, apĂ³s o crime, o acusado fugiu e foi capturado no dia 15 de maio, no municĂpio de Paracaima, em Roraima.
A sessĂ£o foi presidida pela juĂza titular da 2.ª Vara do Tribunal do JĂºri, Ana Paula Bussulo.
O MinistĂ©rio PĂºblico do Amazonas (MP-AM) foi representado pelas promotoras MĂ¡rcia Cristina Oliveira e Lilian Nara Pinheiro.
Durante o julgamento da AĂ§Ă£o Penal n.º 0659697-14.2020.8.04.0001 foram ouvidas cinco testemunhas de acusaĂ§Ă£o e trĂªs de defesa, pois uma das testemunhas do MinistĂ©rio PĂºblico tambĂ©m foi requisitada pela defesa.Â
Foto: Carlos Souza / TJ-AM